Sete pessoas morreram e 181 ficaram feridas na sequência das manifestações massivas dos sudaneses a exigirem a transição para um governo civil. De acordo com o comité médico do Sudão, há ainda vários feridos graves, atingidos por balas de milícias.
O principal movimento de contestação é composto por estudantes universitários que saíram às ruas com milhares de pessoas para pressionar os generais que tomaram o poder depois da destruição, em Abril, do presidente Omar al-Bachir.
O número dois do conselho militar de transição, no poder, general Mohammed Hamdan Daglo, disse que houve disparos de ‘snipers´ sobre civis e paramilitares durante a manifestação, convocada para reclamar uma transferência de poder.
As manifestações ocorrem depois de as negociações entre o Conselho Militar do Sudão, que governa o país, e os líderes dos protestos, para um acordo de partilha de poder, terem chegado a um impasse.
O Darfur é palco desde 2003 de conflitos entre forças sudanesas e rebeldes de minorias étnicas que se dizem “marginalizados pelo governo central”.
Segundo as Nações Unidas, o conflito em Darfur deixou cerca de 300.000 mortos e mais de 2,5 milhões de deslocados.
Fonte:O País