Quessanias Matsombe acusa comissão eleitoral da CTA de favorecer Agostinho Vuma
Depois de ter apresentado a sua candidatura no passado dia 19 de Abril, com suporte de onze associações que fazem parte da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, CTA, Quessanias Matsombe viu a sua candidatura ser reprovada pela comissão eleitoral, através da deliberação apresentada esta terça-feira, por alegadamente não reunir todos os requisitos previstos no regulamento eleitoral.
Em conferência de imprensa, esta quarta-feira, Matsombe manifestou o seu desagrado em relação à forma como o processo eleitoral foi tratado. Problemas na constituição da comissão eleitoral, validação das cartas de apoio à candidatura, submissão de candidatura e recorrência à validação do processo eleitoral foram os principais assunto abordados na ocasião.
O empresário, suportado pela Federação Moçambicana de Turismo e Hotelaria, garante que vai recorrer à validação da sua candidatura através dos órgãos de justiça do país. É de recordar que faltam menos de dez dias para a eleição, 4 de Maio, e o candidato eleito irá tomar posse oito dias depois do sufrágio, mesmo assim, Matsombe mostra firmeza e acusa comissão eleitoral de favorecer o seu adversário, Agostinho Vuma.
Com uma experiência de 20 anos no ramo da hotelaria e turismo, o criador da marca Humula está na CTA há 16 anos, onde actualmente desempenha as funções de presidente do Conselho Fiscal.
Candidato afastado apostava na inclusão e descentralização da instituição
Descentralização e inclusão são as palavras-chave do candidato afastado da corrida eleitoral. A liderança favorece ao seu único adversário, Agostinho Vuma, actual vice-presidente do órgão. O sentimento de abandono que as associações empresariais sentem por parte da actual gestão da CTA e a vontade de mudança são apontados pelo empresário como factores que motivaram a sua candidatura à presidência. Bassa foram colocadas minas para protegê-la da sabotagem, durante as lutas pela Indepe Manica (nos distritos de Manica, Gondola e Mossurize) também decorre o processo de retirada de minas.
Constituição da comissão eleitoral
Segundo Matsombe, não há evidências de ter sido, formalmente, convocada uma sessão do conselho directivo para a nomeação da comissão eleitoral. Segundo o mesmo, o presidente da CTA e os vice-presidentes, Agostinho Vuma e Prakash Prehekad, reuniram e escolheram as pessoas que deviam fazer parte da comissão eleitoral. Comunicado emitido ao ‘’O País’’, refere que a comissão eleitoral foi criada de forma irregular com o propósito de prejudicar a candidatura de Matsombe. A participação de Agostinho Vuma na reunião do conselho directivo é motivo de insatisfação para o seu adversário, segundo o qual, “se admitirmos que Vuma é candidato à presidência da CTA, não devia estar presente’’, referiu. Tendo sido anulada a candidatura de Matsombe, Vuma torna-se o único candidato ao cargo, o que lhe confere automaticamente uma vitória.