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A medida surge poucos dias depois do Governo ter anunciado que os médicos grevistas são faltosos e alertou que as suas ausências estavam a ser registadas e incorrem em processos disciplinares porque não observam os serviços mínimos.

 

Entretanto, nesta quinta-feira, a Associação Médica de Moçambique (AMM) diz ter submetido uma Providência Cautelar ao Tribunal Administrativo (AT) para anular os efeitos das medidas administrativas anunciadas pelo Governo.

 

“Nós entendemos que o Governo está a ameaçar-nos e, para conter esta situação, decidimos submeter uma Providência Cautelar, para que tudo aquilo que é o efeito destas acções ilegais que estão a ser tomadas pelo Executivo não tenha impacto sobre os médicos que estão a exercer um direito constitucional”, explicou o porta-voz da AMM, Napoleão Viola.

 

Segundo Viola, em relação à decisão do Governo de contratar 60 médicos para preencher as lacunas deixadas pelos grevistas, a associação mostra-se a favor da medida e diz que seria bom que fossem contratados todos os outros médicos que se encontram desempregados.

 

“São cerca de 450 médicos que estão sem emprego no país porque o Governo não os quer contratar, mas se já vai dar emprego a uma parte destes, ficamos felizes”.

 

Viola alerta o Governo que com a contratação deste grupo nada garante uma melhor prestação de serviços porque ainda é inexperiente.

 

“A medicina aprende-se com o tempo, os médicos que saem da carteira hoje para serem lançados no mercado não significa que já sabem tudo. A experiência é muito importante. O Governo acha que vai poder mandar para casa os médicos experientes e contratar os inexperientes. Isso implica uma enorme redução da qualidade dos serviços prestados”.(Carta)

Fonte: Carta de Moçambique

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