MOÇAMBIQUE e Brasil têm potencial para incrementar as trocas comerciais entre si, actualmente avaliadas em cem milhões de dólares americanos, e dominadas pelas exportações do carvão de Moatize.

O embaixador brasileiro em Maputo, que ontem foi apresentar cumprimentos de despedida ao Presidente Filipe Nyusi, pelo fim da sua missão de três anos em Moçambique, considera que,

nas últimas décadas, além do carvão, a aproximação entre os dois Estados se evidencia também nas áreas sociais, como Educação, Saúde, infra-estruturas.

A título de exemplo, Rodrigo Soares mencionou a atribuição de bolsas de estudo para o ensino técnico, nomeadamente para os cursos de mecanização agrária e para a área de tecnologias de informação.

Paralelamente, pelo menos 160 professores universitários beneficiaram de bolsas de estudo nos níveis de mestrado e doutoramento no brasil. No domínio da Saúde, o Brasil financiou a construção de uma fábrica de medicamentos na Matola, cuja meta é produzir mais de 200 milhões de fármacos nos próximos tempos.

Rodrigo Soares anunciou que dentro de uma semana será inaugurado o banco de leite, no Hospital Central de Maputo, fruto da cooperação Moçambique-Brasil.

O incentivo ao cultivo de algodão nas províncias de Manica e Tete é uma das intervenções do Brasil na vertente da agricultura. Segundo o embaixador, o projecto Chire-Zambezeincrementou em quatro vezes o rendimento dos produtores de algodão.

Em relação ao corte do financiamento à edificação de infra-estruturas, o diplomata brasileiro disse que os processos estão a merecer uma reavaliação técnica, mas garantiu que “não vão prejudicar as relações entre os dois países…”.

 

 

    Fonte:Jornal Notícias

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