Em cultos os crentes recorrem aos aparelhos sonoros, com volume alto à calada da noite, o que, muitas vezes, tem gerado desentendimento, com moradores das redondezas.As congregações religiosas reconhecem que, por vezes, há exageros da sua parte, mas mesmo assim, há quem defenda que primeiro se deve olhar para a poluição sonora nas barracas e não sancionar apenas as igrejas.“Por vezes, às 21 horas nós fechamos e voltamos para as nossas casas, mas, dentro dos quarteirões, encontramos barracas. As tais barracas tocam (música), fazem barulho, fecham as ruas com as viaturas”, disse Titos Changule, líder de uma congregação religiosa.É este problema que levou várias congregações religiosas a reunirem-se com o edil da Cidade de Maputo, Rasaque Manhique, esta quinta-feira, na busca de soluções.“Como igrejas, estamos a poluir, sim. Na minha opinião, o que se deveria fazer, olhando para a postura municipal, é estabelecer horas de encerramento, porque, de facto, as pessoas precisam de descansar”, sugeriu Leonor Come, membro de uma congregação religiosa.Entretanto, para o edil da capital do país, estabelecer horários de funcionamento das igrejas está fora de questão.“É que, se nós estabelecermos horários, seremos condenados por isso, logo a seguir. Então, não iremos fazer isso”, explicou o presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo.Como solução, Rasaque Manhique decidiu suspender todas as multas aplicadas às igrejas, para depois sensibilizá-las.“Eu sei que algumas igrejas vão concordar, outras não, mas, como medida, nós vamos cancelar aquelas multas aplicadas às igrejas. O objectivo não é multar, mas corrigir.”

Fonte: Folha de Maputo

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