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MUNICÍPIO DE NAMPULA: Haverá segunda volta da eleição intercalar

A ELEIÇÃO intercalar do Presidente do Município de Nampula vai, definitivamente, à segunda volta em virtude de nenhum dos cinco candidatos que concorreram à primeira volta ter obtido os 50 por cento dos votos, mais um, necessários para ser proclamado vencedor, tal como prevê a Lei 7/2013, das autarquias locais.

A segunda volta será disputada pelos dois candidatos mais votados, nomeadamente Amisse Cololo António, da Frelimo, que obteve 44.51 por cento dos votos, e Paulo Vahanle, da Renamo, que reuniu 40.32 por cento do total de votos expressos.

A segunda volta da eleição intercalar foi anunciada ontem, em Maputo, pelo presidente da Comissão Nacional de Eleições, Abdul Carimo Sau, durante a apresentação dos resultados finais de 24 de Janeiro, no município de Nampula.

“De acordo com os dados do apuramento geral dos resultados eleitorais nenhum dos candidatos obteve a maioria de votos, isto é, mais de metade dos votos validamente expressos, havendo por isso necessidade de uma segunda volta”, reiterou.

Além de Amisse Cololo e Paulo Vahanle, concorreram na “intercalar” de Nampula Carlos Saíde, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que obteve 7.273 votos; Mário Albino, do partido da Acção do Movimento Unido (AMUSI), com 3.072 votos; e Filomena Mutoropa, do Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO), que reuniu apenas 573 votos.

O presidente da CNE disse que para o escrutínio, cada partido designou dois delegados de candidatura para as mesas da assembleia de voto, sendo um efectivo e outro suplente em todas as operações de votação e de apuramento parcial, totalizando 3.066 delegados.

Deste conjunto, os candidatos dos partidos Frelimo, Renamo e MDM tinham igual número de delegados de candidatura, 802, Filomena Mutoropa apresentou 128 representantes e Mário Albino, 532 delegados.

Abdul Carimo Sau acrescentou que, para esta eleição, tinham sido inscritos 296.590 eleitores, dos quais apenas 73.852 é que foram votar, correspondendo a uma participação de 24,90 por cento e uma abstenção de 75,10 por cento.

Na ocasião, o presidente da CNE informou que o processo de votação contou com a presença de 1.143 observadores nacionais, 50 estrangeiros e 238 jornalistas nacionais distribuídos pelos diferentes postos administrativos da cidade de Nampula.

“Na reapreciação dos votos considerados nulos foram validados 216 e dos votos reclamados ou protestados foram validados 14, em branco seis e os restantes definitivamente nulos”, disse o presidente da CNE.

Acrescentou que concluídas as operações de apuramento geral a instituição que dirige não recebeu nenhuma reclamação dos mandatários dos partidos políticos concorrentes, razão pela qual considera que o pleito decorreu de forma ordeira, justa, pacífica e transparente.

Nos termos da lei das autarquias locais, a segunda volta da intercalar deve acontecer até 30 dias após o anúncio dos resultados, cabendo ao Conselho de Ministros marcar a nova data para a votação, após um período de dez dias de campanha.

Fonte:JornalNoticias