OS ministérios da Agricultura e Segurança Alimentar, da Saúde e da Educação e Desenvolvimento Humano são desafiados a unir esforços, visando a formação das mulheres das zonas rurais de modo a combater a desnutrição aguda e moderada que afecta crianças menores de cinco anos de idade no país.

O desafio foi lançado recentemente na Universidade Lúrio (UniLúrio), em Nampula, na apresentação de uma tese de douramento pela professora Eugénia Vilella Nebot, formada pela Universidade Virgili de Tarragona, na Espanha.

Durante a abordagem, ela realçou que existe a necessidade de ouvir a população residente nas zonas rurais sobre algumas percepções e tabus no que diz respeito ao consumo de certos produtos alimentares por crianças abaixo de cinco anos de idade.

Desafiou também para que seja criado um projecto de preparação de um suplemento que seja nacional e nutritivo, com base nos produtos alimentares produzidos localmente, ao invés de importar de outros países do mundo.

“Os suplementos que as crianças têm consumido no país são preparados a nível internacional pelo Programa Mundial de Alimentação (PMA) e pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) e têm sido produtos muito energéticos, por isso que muitas das vezes os menores têm abandonado o aleitamento materno muito cedo antes da idade recomendada”, observou Nebot.

Acrescentou que este tipo de suplemento deve servir apenas em casos de emergência.

Num outro desenvolvimento, Nebot apelou à população residente nas zonas consideradas de maior produção em Moçambique, a não vender toda a colheita, de modo que o excedente sirva para combater a situação de desnutrição aguda moderada em crianças menores de cinco anos de idade, uma vez que a taxa actual, no país, situa-se nos 2.9 por cento.

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/sociedade/72022-necessaria-uniao-de-esforcos-para-combater-desnutricao.html

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