Um assaltante à mão armada, que se fazia passar por um militar dos serviços cívicos, foi neutralizado pela Polícia da República de Moçambique (PRM) que o procurava há três meses, em Furancungo, sede do distrito de Macanga, na província de Tete.
Para assaltar pessoas e estabelecimentos comerciais, o indivíduo, cuja identidade não foi revelada, trajava uniforme militar dos serviços cívicos e portava uma pistola.
A porta-voz da PRM em Tete, Lurdes Ferreira, disse ontem que a corporação vai continuar a investigar, por forma a apurar a proveniência do uniforme e a arma de fogo, já confiscados.
Igualmente, a corporação quer apurar se o visado é ou não desertor das forças de defesa e segurança.
“Havia muitas queixas de pessoas assaltadas, para além de estabelecimentos comerciais, no distrito de Macanga. A Polícia estava desde as primeiras queixas à procura do indivíduo e sabia que seria neutralizado, tarde ou cedo”, disse Lurdes Ferreira, citada pela AIM.
“As vítimas apresentaram-nos as características do cidadão. Seguimos as pistas durante um tempo. Passam pelo menos três meses. Os nossos colegas posicionados em Macanga conseguiram neutralizá-lo”, afirmou.
“Não devemos aqui revelar o seu nome, porque estamos a investigar possível envolvimento de outros que poderão estar a praticar o mesmo tipo de crime. Temos certeza que não cometia os assaltos sozinho. Por isso temos que fazer uma investigação aprofundada para apurarmos mais elementos”, disse.
Este fim-de-semana, a PRM deteve outros dois cidadãos, um dos quais acusado de assaltar residências, com recurso a instrumentos contundentes, com os quais arrombava portas, no distrito de Tsangano. O outro detido é acusado de posse, consumo e venda de mandrax.
“Também tivemos várias queixas de vítimas que sofriam assaltos nas suas residências à calada da noite. Não tivemos contemplações. Iniciámos as buscas e conseguimos neutralizar o assaltante. Estamos a trazer sossego para as famílias, por isso apelamos para uma maior colaboração com a PRM na denúncia dos criminosos”, afirmou Lurdes Ferreira.
Fonte:Jornal Notícias