O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi, recebeu ontem cinco novos embaixadores. Trata-se dos diplomatas do Reino da Suécia, Maria Anderson de Frutos; da Federação Russa, Alexandre Vassilievitch; da Colômbia, Maria Eugénia Correia Olarte; de Israel, Oren Rozenblat; e da Hungria, Zsolt Maris.
Falando à Imprensa após o acto, o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, disse que a tónica das conversas mantidas pelo Chefe do Estado com os diplomatas dos cinco países centrou-se na necessidade de promoção do grande envolvimento do sector privado na implementação da diplomacia económica.
Explicou que todos os intervenientes mostraram vontade de cooperar e consolidar as relações, com enfoque na implementação da diplomacia económica como o denominador comum. Segundo afirmou, os embaixadores sublinharam as boas relações políticas que os seus países mantêm com Moçambique, mas defenderam que a sustentabilidade do crescimento e do desenvolvimento está nas mãos do sector empresarial.
“Há que fazer crescer e surgir o envolvimento empresarial. Fazer crescer onde ele já existe, naturalmente, e fazer aparecer onde o sector privado ainda não seja expressivo”, realçou.
Sobre as potenciais áreas de cooperação com os cinco países, cujos diplomatas entregaram as cartas credenciais ao Presidente Nyusi, Baloi indicou que a Suécia é um parceiro sempre presente em todos os domínios. Afirmou que a nova embaixadora sueca inicia uma nova etapa que deve ser explorada de forma cada vez mais dinâmica, uma vez que os desafios também vão crescendo.
“A Suécia está, também, crescentemente na área empresarial, que é o grande desafio em termos de diplomacia económica”, afirmou.
Relativamente à Federação Russa, Baloi disse tratar-se de um parceiro de cooperação sólido e estável. Os dois países passaram por fases históricas que, segundo o chefe da diplomacia moçambicana, fragilizaram de alguma maneira a cooperação entre ambos, mas o processo de relançamento já começou e está no bom caminho, perspectivando-se uma maior troca de visitas, sobretudo a implementação de projectos concretos no domínio da energia e da saúde.
Sobre a Colômbia, disse ser um país com o qual Moçambique ainda não possui uma cooperação expressiva, existindo, no entanto, a intenção de intensificá-la.
“O primeiro passo será um acordo de supressão de vistos a passaportes diplomáticos e de serviços, e isso vai facilitar fortemente a troca de visitas”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
Por sua vez, a cooperação com a Hungria tem sido pouco substantiva, segundo Oldemiro Baloi. A presença de um embaixador deste país em Maputo é tida como mais uma oportunidade para o relançamento dessa cooperação que, à luz da política externa moçambicana, deve aproximar-se mais dos países do leste europeu.
A formação nas áreas da agricultura e educação são as potenciais áreas.
No que diz respeito a Israel, também existe uma relação pouco expressiva. Israel tem conhecido um desenvolvimento enorme em todos os domínios, mas o que mais interessa às partes é a agricultura.
“Israel já foi um país muito árido, muito seco. Eles têm uma larga experiência na irrigação. Por isso, a possibilidade que nos foi colocada de imediato na mesa foi a formação de moçambicanos em Israel no domínio da agricultura, especialmente no que diz respeito à irrigação. Vamos avançar com programas concretos para esse efeito”, disse.
Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/politica/72541-nyusi-recebe-credenciais-de-cinco-novos-embaixadores.html