MAPUTO- “Lamentavelmente, o número de moçambicanos deslocados continua a subir dias após dias, havendo necessidade de ajuda urgente”, declarou Verónica Macamo.A chefe da diplomacia moçambicana falava durante um encontro com o corpo diplomático da Europa e América em Maputo.Segundo a governante, o executivo moçambicano tem apostado na definição de estratégias para evitar que a juventude local se junte aos grupos armados, bem como em “medidas holísticas e multissetoriais, focalizadas na restauração da estabilidade, segurança e ordem públicas nas comunidades dos distritos afetados”.”Constatando-se que estamos perante um fenómeno que, embora localizado no nosso país, tem origens e inspiração externa, a sua eliminação requer esforços coletivos. Neste contexto, esperamos contar com o vosso apoio”, declarou. A província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, é palco há três anos de ataques armados desencadeados por forças classificadas como terroristas. Há diferentes estimativas para o número de mortos, que vão de 1.000 a 2.000 vítimas.Segundo dados oficiais, há, pelo menos, 435 mil deslocados internos devido a violência protagonizada por grupos classificados como terroristas em distritos mais a norte da província.A capital de Cabo Delgado está desde meados de outubro a receber uma vaga de deslocados, que viajam em barcos precários para Pemba, devido a novos ataques.No total, segundo dados oficiais, chegaram a Pemba cerca de 11.200 deslocados desde 16 de outubro e as autoridades municipais alertam para a falta de espaço para receber novas pessoas.

Fonte: Folha de Maputo

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