Miguel Oliveira, vice-campeão do mundo de Moto 2, vai estrear-se em 2019 na classe rainha do motociclismo, uma competição onde estão os “24 melhores do mundo a competirem naquilo que é a Fórmula 1 das motas”.

O português não esconde o valor que tem, admite que era um sonho chegar ao MotoGP mas os olhos continuam postos no topo. “Sei que estou num percurso longo até chegar ao topo do Moto GP, mas já estou na categoria e esse era talvez o passo mais difícil de dar”, confessa na Manhã TSF, durante a conversa com o jornalista Fernando Alves.

A concorrência é elevada, não há dúvidas, e o piloto destaca “Rossi, Márquez e Lorenzo, [que] acabou de mudar de moto mas também se está a adaptar muito rapidamente”. Porém, “claro que todos os outros que completam a grelha de partida são muito fortes, é difícil sequer não contar com um”.

Para que tudo corra como esperado, Miguel Oliveira explica que é “preciso perceber a realidade da moto” e qual o resultado que, para a equipa, “é concretizável”. Mas, mesmo perante as dificuldades, continua “ambicionar, dentro daquilo que é a possibilidade, o mais alto possível”.

Questionado sobre uma presença do topo do motociclismo em Portugal, Miguel Oliveira admite que é um sonho “correr na categoria máxima” no país de origem e também dar essa alegria aos seguidores da modalidade.

“Para mim seria um sonho tornado realidade e para todos os portugueses que vibram com esta modalidade, e com o facto de poder representar a bandeira portuguesa, certamente que também gostariam de ter um grande prémio”, realça, confessando que não depende de si. “Há mercados muito competitivos com grandes circuitos e grandes condições económicas a quererem parte do ciclo do MotoGP e para Portugal será complicado mas tenho esperança de que um dia possa vir a acontecer”, admite.

Durante a conversa, Miguel Oliveira falou ainda do número que sempre o acompanhou ao longo da carreira – o 44 – e revelou que era “super difícil deixar para trás” aquele que foi sempre o seu ‘nome’, pois na categoria já era usado esse mesmonúmero por outro piloto.“Desde pequeno que uso o 44 e para mim tornou-se complicado pensar sequer noutro número. Quando comecei a pensar mais a sério em que número usar o 88 fazia sentido, é um número par, repete-se a si mesmo e no MotoGP é tudo a dobrar”, brinca.

E na hora da despedida, o piloto português deixa uma promessa: “a carta de moto está para breve”. Recorde-se que Miguel Oliveira está no top mundial de pilotos de motos mas nunca tirou a carta de mota.

Fonte:TSF Desporto

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