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O pistoleiro abriu caminho, os bombardeiros seguiram-no. Benfica continua na Europa

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A Luz esperava uma reviravolta e foi exatamente a isso que assistiu. O Benfica recebeu e venceu, esta noite, o Dínamo de Zagreb por 3-0, na segunda mão dos oitavos de final da Liga Europa. Com esta vitória, as águias deram a volta à eliminatória e garantiram a presença nos quartos de final da Liga Europa. A primeira mão tinha valido uma derrota aos encarnados, por 1-0.

Bruno Lage optou por lançar Yuri Ribeiro, Fejsa, Zivkovic e Jota nesta partida. O Dínamo veio a Lisboa sem qualquer pressa. Com a vitória em casa, os croatas optaram por, na Luz, entregar toda a iniciativa e intensidade ao Benfica. Rafa e Jota eram quem imprimia mais velocidade aos ataques encarnados. Já do outro lado do campo, Rúben Dias ia tentando fazer as pazes com o público da Luz, depois do erro que valeu um empate com o Belenenses SAD.

Pelos croatas, que jogavam devagar e faziam reposições de bola com a maior lentidão (legalmente) possível, era Dani Olmo quem pensava a forma de atacar. O jovem médio espanhol, formado no Barcelona, tentava puxar os fios com que o meio-campo croata se segurava e, com alguns dribles altamente fluidos, ia conseguindo deixar algum perfume no miolo.

O primeiro remate do Benfica só surgiu aos 22′. Zivkovic viu-se sozinho e com espaço no corredor central e tentou a sorte, o problema é que a tentou com o pé direito – que não é o seu preferido – e acabou por ver a bola passar por cima da baliza.

Só aos 40 minutos voltou a ver-se uma real oportunidade de golo para o Benfica. Pizzi consegue furar a grande área e flete para a marca de penálti a partir da esquerda. O remate saiu com pouca força, mas ainda obrigou Livakovic a ir ao solo para recolher a bola.

A estratégia do Dínamo parecia resultar: demora na reposição de bolas, longas paragens para assistência médica e pouca intensidade iam permitindo aos croatas minimizar o perigo a que se expunham.

Pizzi teve o condão de acordar a equipa encarnada: dois minutos depois, era Rafa quem rematava à baliza, mas desta vez com mais perigo. O atacante português conseguiu chegar ao limite da grande área e, a partir do corredor central, atirou colocado ao poste esquerdo de Livakovic, que teve de se esticar para defender o remate. O Benfica crescia no jogo, mas corria contra o intervalo.

Quem também corria era Petkovic: o croata conseguiu desmarcar-se e acelerou pelo corredor central. No um para um com Ferro, levou a melhor o jovem português, que ainda conseguiu arrancar um amarelo a Petkovic, que se fez à falta.

O intervalo trouxe um 0-0 e necessidade de mudança. Por isso mesmo, Bruno Lage não esperou e lançou Jonas e Grimaldo para o segundo tempo, abdicando de Zivkovic e Yuri Ribeiro.

Quem entrou melhor na segunda parte acabou por ser o Dínamo. Dani Olmo rematou à baliza de Vlachodimos e o guarda-redes grego do Benfica complicou: foi ao chão e acabou por defender para a frente. Valeu aos encarnados a incapacidade de Petkovic em chegar à bola a tempo.

À hora de jogo, Bruno Lage não quis esperar mais: tirou Jota – que estava a tornar-se inconsequente – e lançou João Félix. O treinador do Benfica arriscava no ataque e Jonas arriscava a continuidade do jogo. Aos 66′ o brasileiro afasta uma bola e, de forma displicente, acaba por pisar o calcanhar de um croata. Aytekin mostrou-lhe o amarelo e fez com que Jonas falhe o próximo jogo do Benfica na Liga Europa.

O brasileiro redimiu-se aos 70′. Ferro desmarca Pizzi que, já no interior da grande área, faz o amorti para Jonas. O avançado, com o pé que estava mais à mão, finalizou de forma pouco ortodoxa mas altamente eficaz e fez mesmo o primeiro golo da partida, empatando a eliminatória.

​​​​Jonas ​​​teve o poder de transfigurar a equipa do Benfica. Foram multiplicando-se as oportunidades para os encarnados, com a mais gritante a ser a que João Félix falhou aos 80′. A bola sobrevoa toda a grande área croata e cai no pé direito do jovem português, que acabou por rematar para onde estava virado. Ou seja, para a linha lateral.

Em cima do final do tempo regulamentar, foi Vlachodimos quem brilhou. Dani Olmo bate um canto a partir da esquerda do ataque que curva em direção ao segundo poste da baliza, onde um jogador do Dínamo se preparava para finalizar. Não fosse o guarda-redes, o Benfica podia ter morrido na praia.

Prolongamento na Luz e o empate do Dinamo ficou logo à vista. Gavranovic chega à grande área e remata à figura de Vlachodimos que, mais uma vez, defendeu para a frente, obrigando Ruben Dias a fazer a dobra in extremis.

Não marcaram os croatas, marcou Ferro. O jovem central aproveitou uma bola perdida à entrada da grande área, encheu-se de fé (e de força) e atirou a contar para o segundo golo do Benfica. Os encarnados chegavam à vantagem na eliminatória e a Luz suspirava de alívio. Duplamente.

É que, logo no minuto seguinte, três (!) jogadores do Dínamo conseguiram falhar, sozinhos e a um metro da baliza, o golo que viraria a eliminatória. A vida não ficou fácil para os croatas: Stojanovic conseguiu ver um duplo amarelo em segundos e, depois, viu Grimaldo decidir a eliminatória.

O lateral espanhol apanhou-se sozinho, descaído para o corredor esquerdo, olhou para a baliza e não terá sido (sequer) capaz de imaginar um remate tão bom quanto o que fez. Rematou e viu a bola descrever um arco perfeito, que a levou a subir e descer de forma tão rápida que não deu hipóteses a Livakovic. Estava feito o 3-0 aos 104′.

O Dínamo teve a melhor oportunidade de toda a partida aos 110′. Na cara de Vlachodimos, completamente sozinho, Atiemwen conseguiu escolher o pior lado da baliza: o de fora. Falhou o golo que atiraria o Dínamo para dentro da eliminatória.

O jogo terminou com a vitória por 3-0 a sorrir ao Benfica e com uma certeza para a Luz: a Liga Europa há-de voltar daqui a poucos dias.

Jonas empatou a eliminatória aos 70′.

Ferro marcou um grande golo aos 94′.

Se o de Ferro foi bom, o que dizer do de Grimaldo, aos 104′ ?

Onze do Benfica: Vlachodimos, André Almeida, Rúben Dias, Ferro, Yuri Ribeiro, Fejsa, Gabriel, Zivkovic, Pizzi, Rafa e Jota

Onze do Dínamo de Zagreb: Livakovic, Stojanovic, Théophile-Catherine, Dilaver, Rrahmani, Gojak, Moro, Dani Olmo, Kadzior, Orsic e Petkovic

O jogo é apitado pelo alemão Deniz Aytekin, assistido pelos compatriotas Eduard Beitinger e Rafael Foltyn. O quarto árbitro é o também germânico Markus Häcker. Christian Dingert e Benjamin Cortus completam a equipa de arbitragem.

Suplentes do Benfica: Svilar, Grimaldo, Samaris, Gedson, Cervi, João Félix e Jonas

Suplentes do Dínamo de Zagreb: Zagorac, Majer, Gavranovic, Situm, Atiemwen, Leskovic e Peric

Recorde aqui a partida da primeira mão:
Estratégia de Lage falha na Croácia. Benfica perde o jogo e Seferovic

Fonte:TSF Desporto