OPORTUNISTAS estão a tentar inscrever-se indevidamente na cidade da Beira para beneficiarem dos valores destinados às famílias vulneráveis, no âmbito de mitigação dos efeitos da pandemia do Coronavírus.

O facto foi tornado público pelo delegado do Instituto Nacional de Acção Social (INAS) naquela urbe, Abdul Razak, apontando os periféricos bairros de Esturro e Ponta-Gêa como sendo os que estão a registar mais casos do género maioritariamente protagonizados por cônjuges, cujos parentes são funcionários e agentes do Estado.

Para fazer face à situação, Razak apontou que o INAS está a recorrer aos líderes comunitários e chefes de postos administrativos.

Considerou as tentativas de inscrição como uma confusão desnecessária, pelo facto de os critérios de selecção dos beneficiários terem sido anteriormente disseminados.

Recorde-se que a iniciativa se enquadra na concessão de um subsídio social directo, um processo que começou no final do ano passado com a identificação do grupo-alvo em todos os 26 bairros periféricos da cidade da Beira.

Na altura, o INAS, autoridades locais comunitárias, municipais e governamentais participaram na divulgação dos critérios de selecção dos beneficiários, tendo sido arrolados naquela urbe um total de 149.026 agregados e 36.944 na vizinha cidade do Dondo, totalizando 185.970 famílias.

A fonte clarifica que o que está a acontecer é a inscrição dos beneficiários deste subsídio depois de serem identificados durante o ano passado para poderem estar integrados no sistema.

Posteriormente, serão criadas condições para o pagamento dos valores sem risco de problemas da falta de clareza e beneficiando realmente quem mais necessita deste apoio.

Pretende-se assim apoiar agregados familiares chefiados por idosos, doentes crónicos, portadores de deficiências, crianças órfãs e desamparadas, mulheres grávidas sem qualquer fonte de renda, mulheres de baixa-renda vivendo com mais de cinco crianças, incluindo acolhedores de deslocados, entre outros grupos vulneráveis.

Para isso, reiterou o apelo de todos para que haja colaboração no sentido que este processo decorra sem sobressaltos, evitando também aglomerações na prevenção da Covid-19.

O delegado do INAS em Sofala aproveitou a oportunidade para exortar a todas as pessoas que considerou de má-fé a pautarem pela ordem e tranquilidade públicas.

Aos elegíveis, pediu que agudizem a vigilância denunciando tais indivíduos oportunistas.

Por outro lado, Abdul Razak denunciou a existência, igualmente, de oportunismo envolvendo alguns líderes comunitários, sobretudo dos chefes de dez casas, quarteirões e unidades de residências que pretendem inscrever as suas próprias famílias.

Advertiu, entretanto, que alguns episódios criminais serão encaminhados às autoridades da administração da Justiça.

O processo está a ser executado por 10 supervisores e 129 inquiridores atempadamente capacitados.

O pagamento dos valores às famílias beneficiárias está previsto para Novembro, sendo 1.500 meticais mensais que vão perfazer um total de nove mil.

Fonte:Jornal Notícias

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