As Forças de Defesa e Segurança (FDS) continuam sendo notícia por más acções na gestão do terrorismo na província de Cabo Delgado. Na última terça-feira, a Ordem dos Advogados de Moçambique (AOM), a nível da província de Cabo Delgado, denunciou casos de cobranças ilícitas a indivíduos que supostamente colaboram com o grupo terrorista.

 

Segundo a Ordem dos Advogados, as cobranças ilícitas são protagonizadas por elementos das FDS e visam evitar a detenção dos supostos colaboradores do grupo terrorista. A denúncia foi feita por Momade Abubacar, representante da Ordem dos Advogados em Cabo Delgado, durante a abertura do Ano Judicial.

 

“Temos recebido denúncias de cidadãos que reclamam da violação dos seus direitos fundamentais, alegadamente por serem imputados de serem colaboradores de terroristas e, para evitar a prisão, devem pagar valores monetários a algumas pessoas que alegadamente estão a dirigir esses processos-crime”, afirmou Abubacar.

 

Para além de cobranças ilícitas, a Ordem dos Advogados denunciou maus tratos a pessoas que residem nas proximidades dos quartéis das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), sobretudo no Quartel da Marinha de Guerra, localizado no bairro Ingonane.

 

Situações desta natureza acontecem durante as patrulhas nocturnas, sendo que alguns cidadãos são obrigados a limpar o quartel como castigo por não ter documento de identificação ou dinheiro de suborno.

 

Refira-se que esta não é a primeira vez que se reporta casos desagradáveis, protagonizados pelas tropas moçambicanas. “Carta” reportou diversas vezes casos de violação dos direitos humanos em Cabo Delgado em nome do combate ao terrorismo. (Carta)

Fonte: Carta de Moçambique

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