O Presidente da Renamo, Ossufo Momade, classifica de “desertores e indisciplinados” os homens armados, que contestam a sua liderança e ameaçam retirar-lhe à força da presidência desta formação política.

Ossufo Momade falava ao princípio da noite de ontem (1), em Maputo, ido de Gorongosa, na província de Sofala, onde acabava de assinar com o Presidente da República, Filipe Nyusi, o acordo da cessação definitiva das hostilidades militares.
É a primeira vez que o líder do maior partido da oposição se pronuncia sobre a chamada Junta Militar que, por duas vezes, colocou em causa a sua liderança e fixou prazos para ele deixar, voluntariamente, a presidência do partido.
O grupo, posicionado em Gorongosa, acusa Ossufo Momade de ser parcial na condução do processo de desarmamento, desmobilização e reintegração (DDR) com o Governo, no que tange à criação de listas de militares a serem enquadrados nas Forças de Defesa e Segurança.
O grupo queixa-se ainda de exclusão de todos os combatentes da Renamo, assim como o comando e garantiu no passado dia 24 de Julho, que dentro de 10 dias anunciaria o novo líder da Renamo.
Questionado se a sua vinda à capital do país era definitiva, Momade foi curto e objectivo na sua resposta. “Eu vim cá por causa de um compromisso que nós temos para com os moçambicanos. Se na verdade, aquilo que foi o compromisso, que assumimos, aquilo que vem no memorando de entendimento for uma realidade é porque a minha vinda é definitiva”, respondeu, segundo a AIM.
Fontes ligadas à Renamo revelaram que Ossufo Momade poderá estar em Maputo até ao desfecho dos trâmites legais do acordo de cessação de hostilidades assinado esta quinta-feira em Gorongosa.

 

    Fonte:Jornal Notícias

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