O presidente da Renamo, Ossufo Momade, exige que o Estado reconheça André Matsangaisa como herói nacional, pois foi o promotor do Estado de Direito Democrático em Moçambique. 

Ossufo Momade participou, este sábado, da cerimónia de sepultamento dos restos mortais de André Matsangaisa, co-fundador e primeiro comandante da Renamo, volvidos 45 anos após a sua morte. Durante o evento, o presidente da Renamo fez “rasgados” elogios ao malogrado e exigências ao Estado moçambicano. 

“Mais uma vez, aqui e agora, exigimos, ao Estado moçambicano, a proclamação de André Matsangaisa como herói nacional, porque ele é de facto um grande herói. É  o promotor de Estado de Direito Democrático em Moçambique. Negar esta realidade é tapar o sol com a peneira, porque a história jamais vai esquecer André Matade Matsangaisa, a sua vida e obra”, disse Momade. 

Olímpio Cardoso, militar de carreira, que ostenta uma patente de General, contou, perante os presentes, que no fatídico dia, travavam um combate com as forças governamentais, que culminou com a morte de André Matsangaisa. 

“Infelizmente, aconteceu aquilo que aconteceu, ele levou um tiro na cabeça e ficou ali, não saiu vivo, como algumas pessoas têm falado. Tentaram fazer todo esforço contra o ataque para que pudéssemos recuperar o corpo, mas não conseguimos. Eles atravessaram, pegaram o corpo e puxaram para a vila de Gorongosa, com isso queria dizer que aqui levamos os restos mortais do nosso irmão. Há os que dizem que foi levado de helicóptero para a Rodésia (actual Zimbabwe) e morreu pelo caminho, isso não é verdade. A verdade é esta porque eu estava lá”, contou.

Para a família Matsangaíssa a realização do funeral do seu ente querido, na sua terra natal, representa a valorização da vida e obra de André Matsangaíssa. 

“Para nós, a família Matsangaíssa, esta efeméride enche-nos de orgulho, porque pela sua valentina, André Matsangaisa  proclamou o nome da família Matsangaisa num standard bem alto”, disse André Matsangaisa Júnior .

André Matsangaisa morreu em combate, em 1979, na vila Paiva de Andrade, actual Gorongosa, em confronto com as forças governamentais. 

Fonte:O País

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *