O posicionamento foi manifestado ontem pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, discursando, em Maputo, por ocasião do dia da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). Mesquita destacou que o estabelecimento de acordos é a visão do Governo face à conjuntura actual do sector.
Moçambique figura entre os 21 países que assinaram a decisão de Yamoussoukro, Costa do Marfim, em 1999, que preconiza um único mercado de transporte aéreo intra-África de forma liberalizada. Segundo a IATA, a implementação do entendimento pelos consignatários poderá resultar no incremento de 5 milhões de passageiros por ano e gerar 1,3 bilião de dólares no Produto Interno Bruto (PIB).
De acordo com o ministro, Moçambique dá passos na abertura do seu espaço aéreo, mas o processo deve ser acompanhado por investimentos das transportadoras para enfrentar a concorrência que resulta da liberalização.
Disse ser expectativa do Executivo que a entrada de novos operadores traga benefícios no que concerne à facilidade e mobilidade de pessoas e bens em via aérea, para além de contribuir para o desenvolvimento do turismo doméstico e internacional.
O evento de ontem, que juntou o pessoal da IATA, das Linhas Aéreas de Moçambique e demais intervenientes da indústria de aviação civil, reflectiu sobre diversos temas, com destaque para o preço de combustível de aviões que é 25 por cento mais caro em África que noutros quadrantes, taxas regulatórias e impostos pagos pelas companhias.
Raphael Kuuchi, vice-presidente da IATA em África, apontou alguns riscos para o transporte aéreo no continente e no mundo, no geral.
Falou, por exemplo, das políticas globais, dinâmicas na indústria petrolífera que tornam os preços voláteis, diversificação das economias, crises financeiras e proteccionismos de mercado por parte de alguns países.
Entretanto, apresentou projecções que indicam o crescimento da procura de transporte aéreo ao nível do continente.
As estimativas da Associação apontam que o volume de passageiros transportados em África poderá duplicar dentro dos próximos 20 anos, com Moçambique a sair dos cerca de 1,2 milhão de passageiros por ano para 6,5 milhões.
Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/economia/72539-para-reducao-de-custos-e-aumento-de-trafego-companhias-aereas-devem-criar-parcerias.html