Segundo o padre de Salamabila, Célestin Kijana, citado pela agência France-Presse, várias crianças “estão ainda desaparecidas”. Centenas de alunos fugiram dos combates no sábado, segundo a mesma fonte. “Acabámos de enterrar, com a colaboração de membros da Cruz Vermelha local” 18 corpos, incluindo “oito crianças””, afirmou o responsável pela Igreja na província de Maniema.De acordo com a mesma fonte, a maioria dos corpos apresentava “sinais de bala” e há ainda “o registo de 10 feridos graves que foram levados para Bukavu”, a capital da província vizinha do Kivu Sul.O capitão Dieudonné Kasereka, porta-voz do exército no Kivu Sul, referiu que foram mortos seis elementos das milícias e dois foram capturados, enquanto um militar congolês foi morto e dois ficaram feridos. No sábado, registaram-se combates entre os militares das Forças Armadas Congolesas e a milícia Malaika, que pretende defender os interesses dos habitantes que vivem perto das minas de ouro de Salamabila.Este grupo armado apelou às autoridades da RDCongo que respeitem o caderno de encargos relativo à partilha de riqueza da mina de ouro de Salamabila e que inclui o respeito pelos direitos dos mineiros e a construção de estradas.Para chamar a atenção para a sua causa, os Malaika sequestraram durante várias semanas em 2017 e depois em 2019 funcionários – incluindo franceses e sul-africanos – da sociedade canadiana Banro, que explora a mina.Em setembro do ano passado, a Banro anunciou a suspensão das suas atividades em Salamabila, lamentando os ataques contra a mina e as ameaças contra os seus funcionários. “Hoje, Salamabila e a zona circundante estão sob controlo do exército congolês”, referiu o porta-voz.

Fonte : Folha de Maputo

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