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Pescadores paquistaneses relacionados com insurgentes de Cabo Delgado

Pescadores paquistaneses relacionados com insurgentes de Cabo Delgado

A Polícia da República de Moçambique não descarta a possibilidade dos supostos pescadores paquistaneses encontrados a deriva próximo da cidade da Beira, há cerca de cinco dias,  serem colaboradores dos insurgentes que semeiam terror em Cabo-delgado e garantiu que decorrem investigações para clarificar o caso.

Paulik Ucacha, comandante provincial da PRM em Sofala, afirmou hoje que desde a noite da passada quinta-feira, dia que os supostos 10 pescadores  paquistaneses foram encontrados a deriva, há cerca de 20 milhas da cidade da Beira, a polícia e outras instituições como o sector de pesca, tem estado a investigar a origem dos tripulantes e da embarcação.

Refira-se que as primeiras declarações prestadas pelos tripulantes do barco, indicavam que o mesmo estava avariado e solicitaram combustível aos ocupantes de um barco de pesca nacional que se aproximara dos mesmos cerca das 13 horas da passada quinta-feira.  Os supostos pescadores primeiro recusaram ser socorridos para a cidade da Beira e pediram combustíveis mas o armador nacional recusou oferecer-lhes combustíveis e depois conseguiu convence-los a seguirem rebocados até ao Porto de pesca da Beira, onde decorrem investigações e a polícia, não descarta a possibilidade do grupo ser colaborar dos insurgentes de Cabo Delgado porque há indícios de que o barco onde se fazem transportar não é de pesca.

“Os 10 ocupantes da embarcação estão a ser investigados. Queremos apurar as verdadeiras causas que contribuíram para eles pararem na costa moçambicana. Queremos saber se efetivamente eles são pescadores que foram vítimas de um vendaval, como justificam, ou se tem algo a ver com os insurgentes de Cabo Delgado ou se ainda são traficantes.”

O comandante da polícia em Sofala falava durante a reunião balanço mensal do comité de emergência criado para fazer face ao COVID-19, onde o governador de Sofala pretendia saber quais foram as medidas tomadas face a doença. Refira-se que todos os paquistaneses foram rastreados e que neste momento o barco esta isolado para evitar contactos com outras pessoas.

 

 

Fonte:O País