Filipe Nyusi disse aos empresários americanos que o Governo está a implementar medidas para melhorar o ambiente de negócios no país

O Presidente da República, que se encontra de visita aos Estados Unidos da América, foi um dos intervenientes na sessão de abertura da 11.ª Cimeira de Negócios Estados Unidos da América e África.

Após a sessão, Filipe Nyusi participou num frente-a-frente com o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, onde foi questionado sobre a visão de Moçambique em relação à futura política da administração de Donald Trump para África, o desenvolvimento do sector energético, bem como o papel de Moçambique na integração regional ao nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.

Sobre a política da administração Trump, que ainda não é conhecida – mas que poderá não fugir muito do que diz desde a sua campanha eleitoral, em que nos negócios estarão sempre em primeiro lugar os Estados Unidos da América -,Filipe Nyusi diz que Moçambique vê isso como uma grande oportunidade, porque o governo prioriza parcerias bilaterais em que os ambos os parceiros saem a ganhar. Neste sentido, está de visita aos Estados Unidos da América para mostrar àquele país as oportunidades que Moçambique oferece para o crescimento económico dos dois países, sendo que os resultados da cooperação deverão beneficiar não só Moçambique ou apenas os EUA, mas os dois países.

Quanto à energia, Filipe Nyusi falou das potencialidades que o nosso país tem para a geração de energia a partir da água dos rios, gás natural, carvão mineral, mas também da energia solar e eólica. Disse que o governo está aberto aos investidores estrangeiros que queiram apostar nesse sector. E assegurou que o mercado existe, quer a nível doméstico, quer dos países vizinhos para os quais já exporta parte da energia actualmente produzida pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa, assim como pela central eléctrica de Ressano Garcia.

Quanto à integração regional, falou dos corredores de Maputo, Beira e Nacala, que promovem o acesso dos países do hinterland ao mar. Entretanto, disse que o mais importante é a necessidade de os países desenvolverem capacidade de comunicação e facilitarem os processos de desembaraço aduaneiro, de migração, para que as trocas comerciais sejam mais facilitadas, sendo que Moçambique está a implementar várias medidas nesse sentido.

Antes do frente-a-frente, o Presidente da República discursou para os mais de 700 participantes na cimeira e recordou que era a segunda vez que um Chefe de Estado moçambicano participava naquele evento. O primeiro foi o Presidente Joaquim Chissano, em 1997, o que ajudou a expor a imagem de um Moçambique aberto a investimentos. “hoje, viemos para dizer que Moçambique está de volta como um país com uma economia próspera, não só porque se observa a descoberta de jazigos de recursos naturais de grande valor económico, como o gás natural, carvão mineral, entre outros cuja exploração conta com a presença de empresas norte-americanas. Moçambique está de volta para transformar em riqueza as inúmeras potencialidades e possibilidades de negócios que oferece”, disse.

Apoio dos americanos

O Presidente da República destacou, ainda, a presença de muitas empresas americanas que, lado a lado com moçambicanos, procuram transformar a economia local, criando mais riqueza e empregos. destacou, também, a ajuda que os americanos prestam ao país em vários projectos de desenvolvimento, não só a nível económico, mas também social e cultural. Filipe Nyusi disse aos empresários que o Governo está a implementar várias medidas para melhorar o ambiente de negócios e falou das potencialidades no sector agrário, em que o país dispõe de mais de três milhões de hectares de terras irrigadas, ao longo das oito bacias hidrográficas mais importantes, além de um grande mercado nacional e regional.


Fonte: O Pais -Politica

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