O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse, este domingo, que é essencial garantir a segurança da região do Sahel, ameaçada pela crescente violência dos movimentos jihadistas, apesar da retirada de forças militares da região.
“Temos a obrigação de assegurar a segurança na região, para permitir o crescimento económico e estamos determinados a consegui-lo”, disse, este domingo, o chefe da diplomacia norte-americana, durante uma conferência de imprensa em Dakar, na primeira paragem de uma ‘tournée’ por África que o levará ainda a Angola e Etiópia.Nesta sua primeira viagem à África subsahariana nos 22 meses de cargo, o chefe da diplomacia norte-americana reiterou a intenção dos EUA de reduzirem a presença militar em África, ao longo dos próximos anos, mas não se comprometeu com qualquer calendário.Os Estados Unidos têm destacados cerca de sete mil soldados, que se dedicam à formação de exércitos locais e a operações conjuntas contra o jihadismo.Pompeo disse que encetará conversações com os governos do Senegal e de outros países da região, “para discutir o que está a ser feito e como está a ser feito”, referindo-se à estratégia para combater a escalada de violência por parte de grupos jihadistas.O ministro dos Negócios Estrangeiros senegalês, Amadou Ba, anunciou a proposta do presidente Macky Sall para que o seu governo aplique 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no reforço da segurança interna e na ajuda aos países vizinhos Mali e Burkina Fasso para combater a ameaça jihadista.”Infelizmente, o ‘jihadismo’ não tem fronteiras e estamos todos sob a sua ameaça”, disse Amadou Ba, na conferência de imprensa conjunta com Mike Pompeo.O chefe da diplomacia norte-americana aproveitará esta viagem para discutir os cortes orçamentais dos EUA para programas em África, bem como o endurecimento dos vistos de entrada para cidadãos de países daquele continente, nomeadamente a Nigéria.”Faremos as coisas certas. Faremos as coisas certas colectivamente”, disse Pompeo, sobre os planos do governo de Donald Trump para a região.Ao mesmo tempo que os Estados Unidos planeiam o seu afastamento do continente africano, a ajuda chinesa continua a aumentar, ao abrigo do plano “Road and Belt” através do qual Pequim tem injectado muito dinheiro em projetos de cooperação com diferentes países da região.Pompeo disse, por isso, que os Estados Unidos não se alhearão do desenvolvimento económico de África, mostrando-se disponível para ouvir propostas de colaboração.O secretário de Estado parte segunda-feira de Dakar para Luanda, para uma visita de 24 horas centrada na luta contra a corrupção e no reforço das relações comerciais e oportunidades de investimento. (RM/ NMinuto)
Fonte:Rádio Moçambique Online