Um novo incidente de violação do espaço territorialde Moçambiquevoltou a registar-seno sábado,na fronteira da Ponta do Ouro, província de Maputo, quando um militar sul-africano foi surpreendido no local onde a 16 de Junhoforambaleados mortalmente dois membros da Polícia de Fronteira por agentes das Forças de Defesa e Segurança da África do Sul.
Fonte autorizada da PRMcontou-nos quecerca das 6.30 horas de sábado, no flanco esquerdo,próximo do Marco 13, local do fatídico incidente, uma equipa de patrulha da Polícia de Fronteira, composta por três membros, surpreendeuum militar sul-africano emterritório moçambicano. Apercebendo-se da aproximação da patrulha, ele pôs-seem fuga, de volta aoterritóriosul-africano.
De acordo com a mesma fonte, suspeita-se que o sul-africano tivesse pretensões de remover as fotografia dos agentesda Polícia de Fronteira moçambicanosali depositadas em sua homenagem, e até mesmoapagar todos os vestígiosda ocorrência,com o intuito de dificultar as investigações ainda em curso.
O incidente já foi comunicado ao Alto Comissariado de Moçambique na África do Sul, de modo a notificar a ocorrência às autoridades sul-africanas.
Entretanto, asautoridades militares da África do Sul pedem mais tempo para investigar,com a devida profundidade,as causas do incidente do dia 16 de Junho, em que dois agentes da Polícia de Fronteira moçambicanos forambaleadosmortalmente.
Segundo informação transmitida ao Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) pelas Forças Armadas de Defesa da RAS, as razões do pedido adicional de tempo para investigar o incidente estão relacionadas com a complexidade do crime,ocorrido em território nacional, daí que não sejapossível trazer dados preliminares até hoje. Contudo, as autoridades sul-africanas não avançam nenhuma possível data em que taisresultados possam estar disponíveis.
Refira-se que o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, havia estabelecido o dia 1 de Julho,hoje,segunda-feira, como o prazo-limite para que as Forças de Defesae Segurançada África do Sul apresentassem um relatório preliminar sobre o incidente ocorrido na fronteira da Ponta do Ouro.
A fixação da data surgiu em jeito de insatisfação pelo facto de, decorridos mais de dez dias após o baleamentodos polícias, as Forças Armadas sul-africanas não terem ainda apresentado qualquer dado preliminar sobre o sucedido.
Fonte:Jornal Notícias