Há quase um mês, a votação para Prémio de Melhor Jogador da UEFA surpreendeu o mundo: o croata Luka Modric superou o superfavorito Cristiano Ronaldo, criando também uma enorme expectativa à volta do prémio que se segue – o de Melhor Jogador do Mundo.

Ora, sendo esta a distinção atribuída pela FIFA, pode muito bem acontecer que Modric tire partido de ter levado a Croácia à final do campeonato do mundo, sendo igualmente Bola de Ouro do Mundial. Recorde-se que, ao nível de clubes, os dois jogadores em questão venceram exatamente os mesmos títulos: Liga dos Campeões, Campeonato do Mundo de Clubes e as supertaças europeia e espanhola.

As últimas notícias fazem crer que Ronaldo não irá deslocar-se à gala de entrega do Prémio FIFA The Best desta segunda-feira, o que poderá constituir forte sinal de que o português vai deixar de ser o único vencedor do prémio desde a mudança de formato, em 2016.

Independentemente de quem ganhe e das preferências de quem vota (e não vota), há uma verdade indesmentível: os números estão claramente do lado de Ronaldo na competição com Luka Modric e Mohamed Salah, os outros dois finalistas desta votação. E quando falamos de números temos em consideração os dados que demonstram a influência de um jogador, a capacidade de ser decisivo e de fazer a diferença. No fundo, aquilo que habitualmente mais conta nos prémios individuais.

Desde logo, CR7 foi o melhor goleador mundial da temporada, entre clube e seleção, com 50 golos, mais um do que Messi e mais três do que Salah. Note-se que esta foi a oitava época consecutiva em que Ronaldo igualou ou ultrapassou a marca dos 50 tentos, algo nunca visto na história do futebol.

Além disso, o português foi novamente o jogador mais decisivo e influente da competição-rainha do futebol de clubes, a Liga dos Campeões. Apontou 15 dos 33 golos do Real Madrid na prova e se incluirmos as assistências que realizou (duas), teve participação decisiva em 52% dos golos do Real na caminhada para a conquista da Champions. Recorde-se que Cristiano foi pela sétima vez o melhor marcador da competição (sete vezes consecutivas, desde 2012, sempre com 10 ou mais golos apontados), um recorde absoluto.

Em 2017/18, CR7 estabeleceu ainda mais dois recordes da história da Liga dos Campeões, para juntar aos que já possuía: faturou em todos os jogos da fase de grupos e em 10 encontros consecutivos.

Só ficou em branco nas meias-finais e na final, mas antes disso marcou por três vezes ao Borussia de Dortmund, duas ao Tottenham, três ao PSG e três à Juventus (incluindo a famosa bicicleta e o penálti decisivo no último minuto dos quartos de final). Acabou com uma média superior a um golo por jogo (15 golos em 13 jogos), conseguiu cinco bis e marcou um golo a cada 78 minutos jogados.

Mesmo no Campeonato do Mundo, o madeirense marcou quatro golos (dos seis apontados pela seleção portuguesa), tornando-se apenas o quarto jogador na história a marcar em quatro fases finais de Mundiais, depois de ser o segundo melhor goleador da zona de apuramento europeia (com 15 golos, contra 16 do polaco Lewandowski).

Vale ainda a pena lembrar que os golos apontados por Cristiano Ronaldo nesta temporada 2017/18 contribuíram para que ele seja neste momento, aos 33 anos, o jogador em atividade com mais golos marcados em jogos oficiais (679), sendo sexto no ranking de sempre, à escala planetária. Ao mesmo tempo, Ronaldo passou a ser o futebolista em atividade com mais tentos apontados pela respetiva seleção (85), ocupando o segundo posto em termos históricos.

Fonte:TSF Desporto

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