Os portadores de deficiência, na cidade de Nampula, encontram-se envolvidos no desenvolvimento de diversas actividades com destaque para as de geração de renda, para o alcance da sua auto-suficiência.

O secretário da Associação dos Deficientes de Moçambique (ADEMO), em Nampula, Ali Afito, disse em entrevista à nossa Reportagem, que essas actividades incluem também advocacia e assistência social.

Actualmente aquela agremiação dispõe na cidade de Nampula, de uma escola comunitária, uma serralharia, sapataria e alfaiataria, que constituem fontes de rendimentos através dos quais são satisfeitas as necessidades básicas dos 1150 membros filiados.

Na serralharia soa fabricadas as cadeiras de rodas e triciclos, enquanto na sapataria fazem-se reparações de sandálias dos deficientes e do público em geral.

Ainda no quadro da execução de projectos sociais, aquela associação tem vindo a promover cursos de formação técnico-profissional nas áreas de serralharia, sapataria e alfaiataria que têm igualmente contribuído na redução da dependência das pessoas portadoras de deficiência na cidade de Nampula.

 “Gostaríamos de dar salários aos nossos associados, mas os projectos que executamos são pequenos e não chegam para suprir todas as necessidades que temos neste momento. Contudo, vamos continuar a trabalhar em busca da nossa auto-suficiência”, lamentou.

O secretário da ADEMO em Nampula, lamentou também o facto de, segundos, ele, as pessoas portadoras de deficiência na cidade de Nampula, ainda se sentirem discriminadas pela sociedade, particularmente no que se refere ao acesso dos meios de transportes públicos urbanos.

Acrescentou que actualmente a associação que dirige tem parcerias com o governo e com algumas organizações da sociedade civil, que partilham ideias e troca de experiências, mas mesmo assim, a ADEMO em Nampula nunca recebeu financiamentos para o desenvolvimento das suas actividades.

A fonte assegurou que apesar das dificuldades que a colectividade enfrenta, continuará a envidar esforços visando contribuir a integração das pessoas portadoras de deficiência na sociedade.

    Fonte:Jornal Notícias

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