A decisão foi tomada ontem, em Maputo, pelo Conselho de Ministros, na sua sétima sessão, ao aprovar uma resolução que solicita à concessionária a realização de investimentos para o aumento da capacidade dos terminais de contentores e propósitos múltiplos no porto da capital de Sofala.
Ana Comoana, porta-voz da sétima sessão do Conselho de Ministros, explicou que, como resultado dos investimentos a serem realizados pela concessionaria, o Porto da Beira poderá ver aumentado o fluxo de carga de e para os países do hinterland e o surgimento de novas linhas de navegação.
Constitui ainda expectativa do Executivo a modernização do terminal de carga e maior eficiência na prestação de serviços, bem como o aumento de contribuição da infra-estrutura portuária na arrecadação de receitas para cofres do Estado.
Em última análise, de acordo com a fonte, a extensão do período de concessão e os investimentos esperados deverão permitir que o Porto da Beira viabilize e rentabilize os investimentos públicos na zona, concretamente a reabilitação e ampliação da Estrada Nacional Número 6 (EN6) e o plano de restauração da linha férrea de Machipanda.
Tanto a rodovia como a ferrovia ligam a cidade da Beira ao posto fronteiriço de Machipanda, que separa Moçambique do Zimbabwe.
Respondendo a uma questão do “Notícias”, a também vice-ministra da Cultura e Turismo disse que os termos e condições da extensão da concessão e o volume de investimentos ainda serão negociados entre o Governo e a concessionária.
O actual contrato de concessão da gestão foi assinado em 1998 e é valido por 25 anos, cessando deste modo em 2023.
Nas negociações o Governo será representado pelo Ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa.
A sétima sessão do Conselho de Ministros discutiu ainda o balanço da visita do Presidente da República à Suíça, a deliberação e aprovação do decreto sobre regulamentação da higiene e segurança no trabalho na Administração Pública, para além de informações sobre a gestão de calamidades entre 22 de Fevereiro e 3 de Março, projecto de encerramento da lixeira de Hulene, na cidade de Maputo, entre outros.
Fonte:Jornal Notícias