O Porto de Angoche, na província de Nampula, vai empregar pelo menos 500 pessoas, cerca de 400 na fase de projecto e outras 100 durante a implementação. O Presidente da República garantiu, ontem, durante a cerimónia do lançamento da primeira pedra, que a infraestrutura vai potenciar o desenvolvimento da região.

Até finais de 2026, Angoche terá um porto de pesca moderno com capacidade para atracar navios, manusear, processar e conservar recursos pesqueiros em grandes quantidades e para tal, será necessária uma mão de obra de pelo menos 500 pessoas.

Durante a cerimónia, o próprio presidente fez questão de descrever as capacidades do porto.

“O porto vai ter capacidade para acostagem em série de 40 embarcações artesanais. Portanto, as embarcações que vocês têm aqui podem ficar 40, mas também podem ficar 10 semi-industriais. Podem também ficar 15 industriais. Na parte onde vão ficar os navios maiores, vai ter mais ou menos 150 metros, quase aproximadamente a metade do cais de carga geral do Porto de Nacala”, descreveu o presidente.

A comparação com o porto de Nacala, foi mesmo para se ter a dimensão da infra-estrutura portuária que se espera em Angoche, que além de carregamento e descarregamento, o porto terá uma área para o processamento e conservação do pescado.

“Vai ter também 7 câmaras frigoríficas para guardar o peixe com uma capacidade de 350 toneladas”, acrescentou o presidente.

As obras de construção do porto de Angoche, nesta primeira fase, vão custar cerca de 50 milhões de dólares norte americanos, valor que será desembolsado pelo Governo de Moçambique, Banco Árabe para o Desenvolvimento de África (BADEA) e o Fundo da Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo para o Desenvolvimento Internacional (OFID).

Tshepelayi Kabata, do BADEA, a bem do continente e do país, reiterou que vai continuar a prestar apoio financeiro e a mobilizar mais parceiros.

“Gostava de reassegurar nosso apoio e compromisso para mobilizar mais recursos dos parceiros estratégicos do grupo de coordenação árabe, de modo a apoiar a agenda de desenvolvimento económico da República de Moçambique, em alinhamento com nosso compromisso em promover desenvolvimento económico e social de África e de Moçambique, em especial”, assegurou Kabata.

Enquanto decorre a construção do Porto, Angoche aguarda ainda pela confirmação da existência de petróleo, cuja prospecção decorre há anos e a mais recente concessão de blocos de prospecção aconteceu este mês.

Fonte:O País

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