AS baixas-marés estão a dificultar a reflutuação das três embarcações que afundaram no Porto de Pescas da Beira durante a passagem do ciclone tropical Eloise, a 23 de Janeiro. O director do Porto, António Remédio, que ontem revelou o facto ao nosso Jornal, sublinhou  que em consequência das marés os mergulhadores enfrentam imensas dificuldades para a amarração das embarcações em questão.

“Os mergulhadores nem querem saber da presença de qualquer movimento naquele espaço, incluindo da própria direcção do Porto. Mas tudo indica que, a partir de hoje (ontem), a maré poderá melhorar e propiciar a concretização das operações”, perspectivou a nossa fonte.

Trata-se de um navio de 60 metros de comprimento e dois de 42 que, no dia 23 de Janeiro, acostaram àquele recinto à revelia das autoridades locais, tendo, na sequência de ventos fortes daquela tempestade, com 120 quilómetros por hora e rajadas até 150 quilómetros por hora, sofrido rombos que, inclusivamente, danificaram uma parte da própria infraestrutura portuária.

Para o efeito, duas gruas robustas e uma viatura de combate a incêndios estão pré-posicionadas naquele complexo desde a passada quarta-feira para uma operação descrita pelas autoridades marítimas como bastante delicada, não havendo previsão de duração.

Verifica-se no Porto de Pescas da Beira um movimento desusado de diferentes entidades, entre as quais o Serviço Nacional de Salvação Pública, técnicos da Administração Marítima, Instituto Nacional de Hidrografia e Navegação, Polícia Lacustre e Fluvial, entre outros.

As embarcações, que escalaram a cidade da Beira para licenciamento na actividade de pesca, estavam pré-posicionadas na zona da franquia, mas os pilotos decidiram, unilateralmente, movimentar-se até ao Porto de Pescas, supostamente por questões de segurança devido ao ciclone Eloise.

Entretanto, o incidente não provocou vítimas humanas, senão danos materiais na infra-estrutura portuária, com efeitos na acostagem de outras embarcações.

Porém, o Porto de Pescas da Beira, que tem capacidade de acostagem de 16 embarcações ao mesmo tempo, continua a operar normalmente, segundo garantias dadas neste sentido pelo director António Remédio.

Fonte:Jornal Notícias

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