Filipe Nyusi apelou “à Ucrânia e à Rússia, no sentido de voltarem ao diálogo direto e, com humildade, buscarem uma solução diferente da guerra”, avança uma nota da Presidência da República.Na conversa com Zelensky, que durou mais de meia hora, Nyusi “lamentou e manifestou solidariedade pela perda de mais de dez mil vidas” e pelos “mais de doze milhões de deslocados, bem como a destruição de infraestruturas” na Ucrânia.O chefe de Estado moçambicano justificou “a abstenção em relação à guerra entre a Rússia e a Ucrânia” nas Nações Unidas, “como uma postura decorrente da Constituição da República e da política externa que defendem a solução de diferendos por meio do diálogo”.Disse ainda que “Moçambique defende o respeito pelo Direito Internacional Humanitário, direitos humanos e proteção das vítimas de guerra e de conflitos armados”, acrescentou o comunicado.A Ucrânia foi um dos países que há um mês votou a favor da eleição de Moçambique para o lugar rotativo de membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas – o país lusófono recebeu a totalidade dos 192 votos possíveis – e o chefe de Estado lusófono hoje agradeceu.Zelensky “felicitou Moçambique pela eleição” e fez um ponto de situação sobre a invasão russa, acrescentando que quer “explicar aos países africanos, num fórum apropriado” a situação de segurança e abordar aspetos de índole económico e comercial – intenção saudada por Nyusi.”Os dois governantes comprometeram-se, ainda, a manter consultas e a apoiar-se mutuamente no exercício das suas funções e na necessidade de garantir a segurança internacional”, concluiu o comunicado.Moçambique esteve entre os países que se abstiveram em duas resoluções que foram a votos na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU): uma condenou a Rússia pela crise humanitária na Ucrânia devido à guerra e outra suspendeu-a do Conselho de Direitos Humanos.

Fonte: Folha de Maputo

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