Primeira reunião do ano da Comissão Europeia com enfoque no Irão

A primeira reunião do colégio de comissários europeus deste ano, que se realiza na quarta-feira, será “especialmente” dedicada à crise iraniana, anunciou esta segunda-feira a presidente da Comissão Europeia, sublinhando que “a Europa tem responsabilidade” na contenção das tensões.

 

“Para a manhã de quarta-feira, convocarei uma reunião especial do colégio [de comissários], na qual o Alto Representante e vice-presidente Borrell e outros comissários farão uma reflexão sobre as consequências, para as diferentes partes interessadas, dos desenvolvimentos no Iraque e na região”, anunciou Ursula von der Leyen em comunicado.

De acordo com a presidente do executivo comunitário, esta reunião — que normalmente se realiza às quartas-feiras para debater assuntos europeus — “servirá também como uma plataforma para coordenar acções a serem realizadas pelos comissários nesta região e pelos parceiros das suas pastas”.

Para Ursula von der Leyen, “a Europa tem uma responsabilidade especial” nesta situação.

Por isso, “à medida que as tensões aumentam, a Europa está em conversações com todos os envolvidos”, notou.

E também por essa razão, o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, convocou os ministros dos Negócios Estrangeiros da União para “uma reunião especial, de forma a activar todos os canais diplomáticos”, adiantou Ursula von der Leyen na nota.

O comunicado foi divulgado depois de Josep Borrell ter anunciado, através da rede social Twitter, um “Conselho extraordinário de Negócios Estrangeiros […] para a tarde de sexta-feira, 10 de Janeiro, para discutir os recentes desenvolvimentos no Iraque e no Irão”.

Nessa publicação, o chefe da diplomacia europeia vincou que “a UE desempenhará integralmente o seu papel com vista a inverter a escalada de tensões na região”.

A situação na região está particularmente tensa desde que o general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, foi morto na passada sexta-feira, num ataque aéreo contra o carro em que seguia, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e só terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.

O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas — Rússia, França, Reino Unido, China e EUA — mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em Maio de 2018. (RM-NM)

Fonte:Rádio Moçambique Online

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