A ECONOMIA nacional está a recuperar em resultado de medidas combinadas tomadas pelo Governo, nomeadamente o aumento da produção, contenção da inflação e estabilização do mercado cambial.

O primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, que destacou este cenário ontem na Assembleia da República, durante a sessão de informações do Governo, explicou que, em 2017, a economia moçambicana cresceu 3,7 por cento, uma taxa superior à média da África Subsahariana, que rondou os 2,6 por cento, e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), que ficou pelos 2,2 por cento.

No geral, segundo Carlos Agostinho do Rosário, a variação do nível de preços continua a baixar. Em Fevereiro de 2018, por exemplo, a inflação média situou-se nos 12,1 por cento, contra 21,1 por cento registados em igual período do ano passado.

“O quadro que descrevemos indica que a nossa economia está a recuperar. Acreditamos que, com esta tendência, poderemos terminar o presente ano de 2018 com uma inflação média anual em torno de um dígito. A nossa moeda, o metical, continua estável, cotando-se actualmente em torno de 62 meticais por dólar norte-americano. O nosso país tem divisas suficientes para cobrir cerca de 7.2 meses de importações de bens e serviços, contra 3.6 meses registados em 2016. Este ambiente macroeconómico poderá criar condições para a redução do custo do dinheiro na banca nacional e facilitar o acesso a crédito para o investimento privado”, assegurou o primeiro-ministro.

Apesar destes progressos no desempenho da economia, Carlos Agostinho do Rosário disse que persiste o desafio de como fazer a economia crescer e que este crescimento se reflicta, efectivamente, na melhoria das condições de vida da população.

“Para continuar a garantir o crescimento da nossa economia, torná-la competitiva e inclusiva, estamos a centrar a nossa acção no alcance da paz definitiva, estimular o aumento da produção, melhorar a competitividade da economia e sustentabilidade das finanças públicas”, explicou o primeiro-ministro.

Acrescentou que estão em curso acções que visam reduzir o risco e reforçar a capacidade de resposta e rápida recuperação após a ocorrência de desastres naturais, para o que estão em curso a identificação, mapeamento e monitoria das zonas de risco. Para minimizar o impacto da escassez de água, o primeiro-ministro falou das medidas em curso, como o recurso a fontes alternativas de abastecimento, a exemplo da mobilização de água subterrânea e de recursos para a operacionalização do projecto de uma nova conduta a partir da Barragem de Corumana, que vai permitir que se consuma também água captada no rio Incomáti.

Relativamente à electrificação, Carlos Agostinho do Rosário disse que, dos 151 distritos que o país tem, apenas Luabo e Mulevala, na Zambézia, e Doa, em Tete, continuam por ligar-se à rede pública nacional. Garantiu, no entanto, que o processo será concluído até ao fim deste ano.

Fonte:Jornal Notícias

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