Marrengula negou que a PGR tenha confiscado terras dos réus, o que seria inconstitucional.

 

Ela rejeitou as alegações da defesa de que este era um julgamento político e que a Procuradoria-Geral da República (PGR) havia sido “politizada e capturada”, como o advogado Isalcio Mahanjane, representando vários réus de alto nível, colocou. Ela exortou os advogados a não usarem o julgamento como plataforma política – a única questão era: os réus cometeram os crimes ou não?

 

Quanto aos ataques pessoais feitos contra si, Marrengula disse que essa é uma tática usada quando os advogados sabem que estão perdendo o caso. Mas ela observou que nem todos os advogados seguiram esse caminho – vários optaram por dar razões pelas quais seus clientes deveriam ser absolvidos sem insultar Marrengula ou a PGR.

 

Outros, porém, “decidiram atacar o Ministério Público e a PGR, como se isso afastasse a culpa dos seus clientes”.

 

Marrengula salientou que a defesa alegou que o projecto de defesa da Zona Económica Exclusiva moçambicana incluiu sempre a Proindicus, a Ematum e o MAM. Mas não havia nenhuma prova disso. Apenas a Proindicus recebeu uma concessão do Estado moçambicano, e uma das principais testemunhas, o ex-ministro do Interior Alberto Mondlane, disse não ter ideia de como a Ematum e o MAM tinham sido criados.

 

Marrengula acrescentou que o Presidente Filipe Nyusi, que na altura era ministro da Defesa, disse a mesma coisa quando entrevistado pelos procuradores durante as investigações preliminares. Ele havia presidido o Comando Operacional das forças de defesa e segurança, e nunca havia discutido nem a Ematum nem o MAM. Os advogados que alegam o contrário “estão enganando a opinião pública”, disse ela. (PF)

Fonte: Carta de Moçambique

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *