Federação dos Produtores de Açúcar da SADC traça estratégias de exportação para o mercado europeu

Prevê-se que, em Maio de 2019, a Grã-Bretanha abandonará a União Europeia, essa retirada traz consigo incertezas sobre o comportamento do mercado mundial e particularmente das exportações de açúcar. Para analisar os impactos da retirada do Reino Unido da EU e traçar estratégias de exportação do açúcar para o mercado europeu, a Federação dos Produtores de Açúcar da SADC (FSSP), reuniu-se ontem em Maputo. No discurso de abertura do evento, o vice-ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, reconheceu a relevância do tema a ser debatido, mas exortou que o debate não se limita apenas ao mercado europeu, mas que os produtores analisassem as políticas de competitividade dos membros da FSSP.“ A definição de estratégia para o mercado europeu é crucial, contudo não devemos nos esquecer dos desafios que o nosso mercado regional nos coloca, devemos pensar em soluções para abastecer o nosso mercado”, disse De Sousa. A retira de Grã-Bretanha da UE traz consigo incertezas sobre o comportamento do mercado mundial e particularmente das exportações de açúcar. Após a retirada no bloco europeu, a Grã-Bretanha necessitará de novos acordos comerciais. “A revisão das políticas comerciais na União Europeia afectará a política de expansão, porque tínhamos um mercado garantido e cada país tinha uma cota para exportar. A Brexit irá afectar a produção e exportação do açúcar a nível nacional e regional, disse Rosário Cumbi, presidente da Associação dos Produtores de Açúcar de Moçambique. “A União Europeia é o principal parceiro económico e destino de 30 por cento de exportações da SADC. Os países menos desenvolvidos e a SADC devem se preocupar pelo impacto negativo da retirada da Grã-Bretanha, visto que isso iria conduzir ao decréscimo das importações da UE e da própria SADC. Essa possibilidade não é pequena e pode introduzir choques económicos que podem perturbar o desempenho de economias da união UE”, explicou Philip de Pass. A Brexit pode conduzir também para um decrescimento nas remessas de migrantes que tem um valor muito grande em muitos dos países desenvolvidos e gerar oportunidades importantes para países de organizações como a SADC.

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