O NÚMERO de vítimas mortais devido à violência que assola a África do Sul, pelo sétimo dia consecutivo, subiu para 117, segundo um balanço divulgado ontem pela Presidência da República sul-africana que se refere ainda a mais de 2.400 detenções.

A ministra da Presidência, Khumbudzo Ntshavheni, adiantou, em conferência de imprensa, que na região de Gauteng, envolvente de Joanesburgo e Pretória, o número de vítimas mortais ascende a 26.

“A província de Gauteng está amplamente calma, houve menos incidentes durante a noite e até a esta hora (ontem às 16.30 horas locais, hora de Maputo) apenas seis incidentes foram registados”, afirmou.

Ntshavheni considerou que em grande parte, deve-se ao reforço da SANDF (Força de Defesa Nacional da África do Sul), dos agentes da SAPS (Polícia da África do Sul) e da Polícia Metropolitana em áreas que foram identificadas como problemáticas”.

A governante explicou que as autoridades sul-africanas contabilizaram 91 mortes na província de Kwazulu-Natal (leste), onde a violência eclodiu na semana passada, depois da prisão do antigo chefe de Estado, Jacob Zuma por desrespeito a uma ordem do Tribunal Constitucional.

A situação em KwaZulu-Natal continua volátil, mas melhorou muito e está a caminho da estabilidade.

A ministra referiu também que as autoridades sul-africanas estão a investigar 12 pessoas, que o Governo considera serem os alegados “instigadores” da actual onda de violência, saques e intimidação no país, salientando que um dos suspeitos está sob custódia policial, sem avançar detalhes.

“Também constatamos que há relatos de alguns civis armados, exibindo publicamente armas de fogo e armas perigosas em aparente retaliação contra os perpetradores da violência pública”, declarou.

Nesse sentido, a governante sul-africana alertou que embora as pessoas tenham o direito de proteger a sua propriedade e a sua vida, desde que isso seja feito de forma que o direito de todos à vida seja protegido, conforme previsto na Constituição e, só pode ser infringido em casos limitados de extrema circunstância.

O governo anunciou ainda o destacamento de mais 25 mil militares para ajudar a Polícia a conter as acções de violência, saques e intimidação. Ontem, 10 mil militares já se encontravam destacados no terreno, representando um aumento de 5 mil militares desde a manhã de quarta-feira.(LUSA)

Fonte:Jornal Notícias

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