O Ministro do Interior diz estar preocupado com o ressurgimento dos raptos no país. Pascoal Ronda garante que os autores deste tipo de crime serão encontrados e responsabilizados.
Houve mais um rapto no centro da Cidade de Maputo. A vítima é o empresário Ernesto Amaral Fonseca, sócio administrador da Tecno Control, Lda, uma empresa do ramo de informática e eletricidade. A polícia confirmou o crime e disse estar a trabalhar para esclarecer o crime.
Em uma conferência de imprensa convocada pelo Ministério do Interior, na terça-feira, com o objectivo de dar o ponto de situação sobre alguns assuntos abordados na sessão do Conselho de Ministros, o Ministro do Interior, Pascoal Ronda, disse que já há muito tempo que o país não apresentava casos de rapto e garantiu que os autores destes crimes serão responsabilizados.
Pascoal Ronda fez menção ao caso de sequestro que ocorreu alguns minutos antes da conferência de imprensa, avançando que já há mandantes dos raptos e que já estão a ser responsabilizados.
“É preocupante e já tínhamos estado a respirar um ar puro, já vão bons dias em que não havia raptos, e vem acontecer este. Assim que soubemos do rapto foram acionados os serviços de investigação criminal, para podermos esclarecer este caso e encontrar os responsáveis por este crime hediondo”, disse Ronda.
“Normalmente, nos últimos tempos, como repararam, muitos casos foram esclarecidos. Investimos bastante na entrega dos nossos agentes no trabalho de investigação, que foram buscar aqueles que eram mandantes e que são os autores morais e os agentes, que são autores materiais. Para este caso tudo está sendo feito para o seu esclarecimento. É esta a aposta do SERNIC e da PRM e outras instituições relevantes”, acrescentou.
Quanto às manifestações que ocorreram ou que ocorrem no país, o ministro do interior apontou o candidato presidencial Venâncio Mondlane como o autor moral das mesmas.
“Venâncio Mondlane é o autor moral das manifestações, ele é que move com isto, ele não está aqui agora, está na África do sul, mas comanda, usa as redes sociais em que nós como usuários dessas redes sociais não devíamos permitir isso, porque manipula a opinião pública e causa destruições. Há muita família que está a chorar pelos danos que são causados, pessoas são arrastadas a participar disso, mas depois mais tarde é que se arrependem disso, isto não pode”.
O ministro do Interior disse que o governo desencoraja a participação em manifestações e manifestou solidariedade para com as vítimas das manifestações populares que ocorreram um pouco por todo país.
Fonte:O País