A Renamo diz estar aberta para que o processo de desarmamento, desmobilização e reintegração -DDR- de seus homens residuais reinicie o mais rapidamente possível.

O Secretário-Geral da Renamo, André Magibire, fez uma comunicação ao país na qual apelou ao Governo e ao grupo de contacto a acelerarem a retomada do processo, com vista a criar condições para que os integrantes da força residual da Renamo “possam voltar ao convívio familiar e sejam inseridos na sociedade com toda a dignidade merecida”.

A comunicação da Renamo decorre da realização, ontem, em Maputo, a capital do país, da reunião de quadros de nível provincial, dirigida pelo secretário-geral daquela formação política liderada por Ossufo Momade.

“Neste momento está em curso a preparação do arranque ininterrupto do processo de desarmamento, desmobilização e reintegração dos homens residuais da Renamo que, se dependesse apenas do partido Renamo, já teria arrancado mesmo na semana passada”, disse Magibire.

O processo de DDR decorre dos consensos alcançados entre o Governo e a Renamo para garantir a paz efectiva e duradoira, que constitui a segunda parte de uma negociação que o Presidente da República, Filipe Nyusi, começou, em 2017, com o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, após o cessar-fogo decretado em Dezembro de 2016, que colocou fim ao conflito militar entre as forças da Renamo e do Governo.

Na ocasião do lançamento do DDR pelo Presidente moçambicano foi apresentada uma equipa de coordenação do processo, constituída por nove oficiais internacionais, liderada por um general de nacionalidade argentina, Javier Pérez Aquino, com uma longa experiência em matéria de desarmamento.

Fazem ainda parte do grupo oficiais da Alemanha, Índia, Irlanda, Noruega, Suíça, Tanzania, Estados Unidos da América e Zimbabwe.

O encontro da Renamo, segundo foi dito na ocasião, constitui o início da preparação do próximo ciclo eleitoral, nomeadamente, as autárquicas de 2023 e as eleições gerais, provinciais e distritais de 2024.

O secretário-geral disse, igualmente, que a Renamo e seu presidente estão preocupados com focos de violência e insegurança que se vivem na província setentrional de Cabo Delgado e na zona centro do país, e manifestou “total abertura” em contribuir com o saber que tem na busca de paz em todo o território nacional.

    Fonte:Jornal Notícias

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