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REUNIDOS EM CIMEIRA NA ETIÓPIA: Líderes africanos renovam compromisso contra corrupção

Moçambique tem estado a levar muito a sério a questão do combate à corrupção, segundo garantia dada ontem pelo Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Isac Chande, que acompanha o Presidente da República, Filipe Nyusi, na 30.ª Cimeira dos chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), a decorrer na capital etíope, Addis Abeba.

Isac Chande falava a propósito do lançamento, ontem, na abertura da cimeira, do tema da UA para o ano de 2018: “Vencer a luta contra a corrupção: uma via sustentável para a transformação de África”.

Embora o debate mais consubstaciado sobre a matéria ocorra somente na conferência da UA a ter lugar a meio do ano, na Mauritânia, já ontem foi indicativo o reconhecimento do mal que a corrupção representa para o continente e o engajamento dos líderes africanos para o extirpar.

“É reconhecido, a nível dos chefes de Estado e de Governo (africanos), que a corrupção continua a ser um cancro. Por isso é preciso concertar esforços que permitam encontrar mecanismos para o combate mais eficaz da corrupção nos nossos países”, disse o Ministro Chande, falando à Imprensa moçambicana em Addis Abeba.

Em relação ao país, o ministro disse que as pessoas começam a acreditar que, afinal, é possível “o nosso sistema da Administração da Justiça actuar contra os corruptos”.

“Não estamos a falar da pequena corrupção, falamos daquela que envolve gente de diferentes níveis do Estado. Creio que é um sinal bastante positivo que o Estado moçambicano está a dar no combate à corrupção e creio que este é o caminho que vai permitir eliminar a sensação de impunidade que havia no país”.

“Há sinais bastante positivos e encorajadores de que o Estado leva a sério o combate à corrupção… A reunião que o Chefe do Estado fez no ano passado com os gestores intermédios da Administração da Justiça foi um sinal inequívoco do envolvimento do Presidente da República no combate à corrupção”, disse o ministro, adiantando que “todos nós, enquanto moçambicanos e africanos, reconhecemos que a corrupção atrasa os nossos programas de desenvolvimento”.

Para Chande, considerando o PIB de muitos países africanos, os números do custo da corrupção “aplicados às nossas economias levariam-nos, eventualmente, a um outro estágio de desenvolvimento”.

“Teríamos melhores estradas, melhores escolas, melhores condições de sáude e sistemas de assistência à população vulnerável mais eficazes”, afirmou o ministro. 

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/politica/75594-reunidos-em-cimeira-na-etiopia-lideres-africanos-renovam-compromisso-contra-corrupcao.html