Segundo a agência de notícias Reuters, regulador de comunicações russo disse que medida foi tomada porque a Meta restringiu acesso de veículos de imprensa do país à rede social. Facebook
Dado Ruvic / REUTERS
O regulador de comunicações da Rússia, Roskomnadzor, informou nesta sexta-feira (4) que bloqueou o acesso ao Twitter e ao Facebook no país, segundo a agência de notícias Reuters.
As duas plataformas entraram em rota de colisão com o órgão russo por motivos diferentes envolvendo a guerra na Ucrânia. A alegação para bloqueio do Facebook é que a Meta, controladora da rede social, restringiu o acesso à mídia russa em sua plataforma.
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O órgão russo afirmou que, desde outubro de 2020, houve 26 casos de discriminação do Facebook contra a mídia russa. Entre os veículos que tiveram o acesso restrito, estão o canal de notícias Russia Today (RT) e a agência de notícias RIA.
Segundo o Roskomnadzor, o Facebook “discrimina” os canais russos e sua decisão viola os princípios de liberdade da informação e o acesso desimpedido dos usuários de internet russos à mídia russa.
No caso do Twitter, especialistas da ONG de segurança cibernética NetBlocks dizem que há uma restrição quase total do serviço na Rússia desde a última sexta-feira (27). A agência de notícias Interfax confirma o bloqueio total da rede social no país.
O Twitter tem sido usado para viralizar imagens e relatos do conflito. Além disso, autoridades da Ucrânia têm usado o serviço para fazer apelos para a opinião pública do ocidente.
No fim de semana, o ministro da Transformação Digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, convocou profissionais de TI para derrubar sites do governo russo. Fedorov também usou seu perfil na rede para pedir ajuda ao magnata Elon Musk para manter a internet funcionando no país.
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‘Isolamento dos russos’
Nos últimos dias, o Facebook decidiu impedir a monetização de conteúdos do RT e da agência russa Sputnik. A plataforma também proibiu a mídia estatal da Rússia de veicular anúncios para usuários em qualquer lugar do mundo.
Nick Clegg, chefe da Meta para assuntos globais, afirmou que a decisão do governo russo vai impedir cidadãos do país de terem acesso a informações confiáveis.
“Em breve, milhões de russos comuns se verão isolados de informações confiáveis, privados de suas formas cotidianas de se conectar com familiares e amigos e silenciados de falar”, tuitou Clegg.
“Continuaremos a fazer tudo o que pudermos para restaurar nossos serviços para que permaneçam disponíveis para as pessoas se expressarem com segurança e se organizarem para a ação”, continuou.
Na quinta-feira (3), usuários do Facebook na Rússia já tinham encontrado dificuldades para acessar a rede social. Os sites de notícias Meduza e BBC também ficaram instáveis – nesta sexta, a BBC anunciou a suspensão de suas operações no país.
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