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A Missão Militar dos Países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM na sigla em inglês), que apoia Moçambique na luta contra o terrorismo em Cabo Delgado, nega ter baleado e abandonado um civil na aldeia Ingoane, posto administrativo de Mucojo, distrito de Macomia. A reacção da SAMIM surge em resposta ao artigo da “Carta” intitulado “Tropas sul-africanas alvejam um civil no distrito de Macomia e abandonam a vítima” publicado a 20 de Julho.

 

A SAMIM justifica no seu comunicado, divulgado no passado dia 25 de Julho, que as suas forças não estavam no suposto local naquele momento, mas não explica que força esteve na região, enquanto membro do cordão de segurança em Macomia e muito menos não atribuiu a culpa aos terroristas.

 

A vítima, baleada na manhã do passado dia 15 Julho, já se encontra em casa de familiares, depois de alta hospitalar no centro de saúde de Macomia-sede. Trata-se de Cadi Muinde, natural do posto administrativo de Quiterajo, atingido por balas quando na manhã de 15 de Julho se encontrava na companhia de outros pescadores a organizar cordas e redes de pesca para ir a faina e de repente foram surpreendidos por um tiroteio, tendo na sequência fugido em debandada. A seguir, ″Carta″ publica o comunicado da SAMIM ipsis verbis:

 

″A SAMIM nota com preocupação um artigo publicado numa publicação online da “Carta de Moçambique” intitulado: “Tropas sul-africanas alvejam um civil no distrito de Macomia e abandonam a vítima”, em vernáculo local traduzido “Tropas sul-africanas atiram e abandonam uma vítima civil em Macomia”.

 

O artigo é difamatório e visa apenas manchar a imagem do Estado membro em questão e, por sua vez, da missão. Além disso, o artigo jornalístico vai contra o código de conduta e ética, uma vez que as Forças da SAMIM não estiveram presentes no local mencionado na suposta hora.

 

A SAMIM está profundamente preocupada e deseja exortar todos os órgãos de comunicação social a continuarem a manter os mais elevados padrões de profissionalismo na cobertura das actividades da SAMIM para o sucesso geral da missão em benefício do povo da República de Moçambique e de toda a região.

 

A missão continua a trabalhar em estreita colaboração com outras partes interessadas para garantir que a vida volte à normalidade para o povo de Cabo Delgado. As Forças SAMIM gostariam de assegurar ao povo de Moçambique e à região da SADC um compromisso colectivo para alcançar a paz, estabilidade e segurança em Cabo Delgado, tal como previsto pela República de Moçambique e pela SADC. A SAMIM é uma Força profissional e não tolera qualquer forma de má conduta por parte dos seus militares e qualquer forma de transgressão é tratada em conformidade″.(Carta)

Fonte: Carta de Moçambique

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