“Secundária” de Mandlakazi clama por instalações adequadas

O FUNCIONAMENTO da Escola Secundária de Mandlakazi em instalações concebidas para uma escola primária do 2.º grau está a contribuir negativamente no processo de formação dos cerca de 2500 alunos que frequentam este estabelecimento de ensino.

A situação prende-se com a falta de laboratório e biblioteca, a distribuição dos alunos em outros estabelecimentos de ensino devido à fraca capacidade da instituição, a falta de salão polivalente para a prática de jogos desportivos, a leccionação irregular das aulas no período chuvoso devido às inundações no recinto escolar, a degradação das infra-estruturas e a inexistência de instalações para o internamento de alunos.

Estas preocupações foram apresentadas semana finda ao administrador do distrito de Mandlakazi, Raul Ouana, por ocasião da visita que efectuou a este estabelecimento de ensino.

De acordo com o director da escola, Jonas Mathe, a situação está a afectar o processo normal de leccionação de aulas, uma vez os educandos estão desprovidos de meios de pesquisa e de demonstração laboratorial.

Mathe referiu que a falta deste equipamento tem implicações no índice de aproveitamento pedagógico, que reduziu de 78 por cento, em 2015, para 68, em 2016, e na qualidade dos graduados da 12.ª classe, tendo em conta as competências básicas exigidas para este nível de ensino.

Por outro lado, a existência de turmas anexas em pelo menos três estabelecimentos de ensino locais obriga os professores a deslocarem-se de um ponto para o outro, o que não permite o cumprimento rigoroso do tempo de duração das aulas.

O centro internato, cujas instalações pertencem ao Instituto Nacional de Segurança Social, (INSS), constitui um outro problema para a direcção da escola, pois não oferecem condições adequadas para o alojamento dos alunos devido ao seu avançado estado de degradação.

 

Raul Ouana, administrador do distrito, disse estar sensível aos problemas apresentados, tendo em conta que interferem na qualidade de ensino e, consequentemente, no alcance de metas satisfatórias.

O governante assegurou que as preocupações deverão ser transformadas em desafios para o Governo, tendo como ponto de partida a escola.

Apelou à direcção e ao Conselho de Escola a prosseguirem os seus esforços na busca de soluções, recorrendo aos poucos recursos financeiros disponibilizados à instituição, às jornadas pedagógicas e à assistência mútua das aulas, na perspectiva de melhorar o aproveitamento pedagógico.

A reactivação da produção escolar é outra recomendação deixada pelo administrador, tendo em vista a melhoria da dieta dos alunos internos, após não terem sido conseguidos bons resultados devido às inundações.

O administrador do distrito visitou ainda as instalações do centro internato e interagiu com funcionários da instituição, para além de assistir a uma aula da disciplina de Matemática.

ABDUL SICÂNDAR