O Serviço Nacional de Migração (SENAMI) está a tomar as necessáriasprovidências  para aferir a situação migratória dos quatro cidadãos chineses que, por iniciativa própria, se colocaram em quarentena numa das unidades hoteleiras da cidade de Maputo.

“O primeiro passo é ter acesso aos referidos cidadãos para vermos se os passaportes que  apresentam pertencem ou não a essas mesmas pessoas. Os técnicos da Migração devem ter acesso às pessoas porque documentos só por si podem ser apresentados por qualquer indivíduo. Só depois disso é que vamos a outros detalhes”, disse o porta-voz do SENAMI, Celestino Matsinhe.

Falando ontem a jornalistas, em Maputo, no habitual briefing semanal, Matsinhe disse ser um trabalho de muita sensibilidade, por se tratar de cidadãos em quarentena.

Devido ao coronavírus que eclodiu na China foram impostas restrições aos cidadãos que entram em Moçambique provenientes, principalmente daquele país, com vista a evitar o alastramento e contágio pela epidemia da pneumonia viral, cujo epicentro é a cidade de Wuhan, na província chinesa de Hubei, e que já matou pelo menos 563 pessoas e se espalhou por 20 países.

Considerando que os quatro cidadãos entraram no país depois de o Executivo ter decretado a suspensão da emissão de vistos de e para aquele país asiático, Matsinhe disse que “temos o registo de entrada de cidadãos chineses mas que a sua proveniência não é a China”.

“A partir do momento em que estes não apresentam nenhum perigo são permitidos entrar no país, desde que reúnam todas as condições exigidas”, acrescentou.

Fora isso, os cidadãos com visto de residência não são afectados pela medida.

O porta-voz do SENAMI falou igualmente da situação migratória durante o mês de Janeiro, referindo  que nos postos de travessia nacionais foram registados 577.634 viajantes, que correspondem a uma redução na ordem de 21 por cento em relação ao movimento migratório verificado no mês de Dezembro de 2019, altura em que atravessaram nos postos de entrada e saída do país 732964 viajantes de diversas nacionalidades.

No mesmo período, o SENAMI interpelou em todo o território nacional 161 imigrantes clandestinos, número que representa um aumento em mais de 100 por cento em relação a igual período de 2019, em que foram interpelados 22 cidadãos estrangeiros na mesma situação.

Os imigrantes clandestinos foram interpelados nas províncias de Tete e Sofala, centro de Moçambique, tendo sido repatriados aos respectivos países de proveniência.

Dos imigrantes clandestinos, destaque vai para etíopes, malawianos e paquistaneses. (AIM)

    Fonte:Jornal Notícias

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