UMA média de 500 pacientes, a maioria em estado grave, é atendida, diariamente, no Serviço de Urgências de Adultos (SUR) do Hospital Central de Maputo (HCM), contra perto de 200 doentes que eram admitidos em períodos similares, um aumento causado, em parte, pela terceira vaga da pandemia da Covid-19.

A pressão ocorre num momento em que muitos profissionais de saúde e outros estão fora do serviço devido a Covid-19.

“A pandemia afecta também médicos, enfermeiros, pessoal administrativo e agentes de serviço, causando a redução do efectivo que trabalha no Serviço de Urgências, o que agrava a pressão”, referiu esta quinta-feira (05) directora do SUR do HCM, Madalena Mandlate.

Afirmou que o atendimento nestes serviços é feito consoante a gravidade do paciente, daí que nalgumas vezes não se observa a ordem de chegada.

“Muitas vezes, os nossos utentes ficam embaraçados, pensam que devemos priorizar quem chega primeiro, mas a nossa prioridade é atender quem está mais grave. Normalmente, o médico categoriza os doentes em ligeiro, moderado e grave”, esclareceu, acrescentando que, por isso, os doentes com sintomas ligeiros permanecem períodos longos nas filas e acabam acreditando que haja um mau atendimento no HCM.

Face a esta situação, a directora do SUR apelou aos doentes com sintomas ligeiros a moderados a buscar atendimento nos centros de saúde, pois nestes locais também podem beneficiar de testagem da malária e Covid-19, e receber um tratamento devido.

Para Madalena Mandlate, isto aliviaria a pressão sobre o SUR, contribuindo para um serviço condigno aos pacientes em estado crítico.

Lembrou que o SUR recebe pacientes graves transferidos de diversas unidades periféricas da cidade, da província de Maputo e dos hospitais privados.

Fonte:Jornal Notícias

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