A única sobrevivente que estava no carro de Elvino Dias, na passada sexta-feira, diz que não conhecia os malogrados. Segundo disse, esta quarta-feira, entrou no carro porque pediu boleia e não viu os rostos dos atiradores. Adácia Macuácua falava hoje, durante uma visita feita a si pelo Presidente da República.

Adácia Macuácua trabalha no Mercado 4 de Outubro, mais conhecido por Pulmão da Malhangalene, e conta que não conhecia nem Elvino Dias e nem Paulo Guambe, mas quis o destino que, naquele dia, estivesse no carro errado, na hora errada e com pessoas erradas.

“Pediram boleia para mim, com uma colega, porque saí tarde, às 23 horas. Eu estava à espera do meu marido, mas ele demorou chegar. Pediram boleia e ele (Elvino) disse que vai até Magoanine. Ele disse que ia me deixar em Magoanine e entrei”.

Antes de entrar, o que não sabia é que aquela boleia custaria-lhe tiros na cabeça e nos membros superiores.

Segundo contou, naquela noite, ela “já queria ir para casa porque a minha filha não estava bem”.

Adácia Macuácua fez estas revelações durante uma visita feita a si, pelo Presidente da República, no Hospital Central de Maputo, onde disse que não se recorda do que aconteceu no factídico momento.

“Eu vinha mais para lhe ver, desejar rápidas melhoras. Estamos todos solidários para contigo, incluindo aqueles que nos deixaram”, disse Nyusi, acrescentando que as autoridades de tudo estão a fazer para esclarecer o caso.

Os médicos asseguram que o estado de saúde da paciente é estável e que a mesma terá alta nos próximos dias.

 

Fonte:O País

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