A TCAA explicou que a FastJet, até agora, não foi capaz de resolver as questões operacionais que levaram aos cancelamentos de seus voos.Segundo as autoridades tanzanianas, a FastJet possui enormes dívidas com os seus fornecedores, incluindo mais de um milhão de dólares ao governo resultante da prestação de serviços, incluindo segurança e outras taxas estabelecidas por lei. Por isso, o director – geral da TCAA, Hamza Johari, pede a todos os credores da FastJet para que enviem suas facturas para a Autoridade de Aviação Civil para os devidos procedimentos. A TCAA emitiu um aviso de 28 dias para a companhia aérea apresentar seus planos financeiros e de negócios. Johari explicou que a FastJet possui um número reduzido de aviões para realizar os seus voos, uma situação que levou aquela companhia área a suspender a licença de fazer negócios neste país africano. ‘Pedimos às pessoas que procurem por companhias aéreas alternativas, já que a FastJet não pode operar’, disse ele.Na semana passada, a FastJet anunciou o cancelamento de todos os seus voos agendados para Dezembro e Janeiro de 2019 devido a problemas operacionais, sem nenhuma explicação, forçando os passageiros que já haviam feito as suas reservas a procurar outras companhias aéreas.Notícias postas a circular indicam que a companhia aérea suspendeu seus voos domésticos e internacionais. “Suspendemos todos os vos internacionais da FastJet desde o início deste mês, depois de percebermos que a companhia aérea estava enfrentando uma crise financeira. A empresa retomará os voos internacionais quando estivermos plenamente satisfeitos de que ela tem capacidade de operar ”, disse Johari.A FastJet lançou voos regulares de passageiros em 2012 na Tanzânia. A companhia aérea também opera voos regionais de Dar-es-Salam para Lusaka, na Zâmbia, Harare (Zimbabwe), Maputo (Moçambique) e Joanesburgo, na África do Sul.Os voos de e para a África do Sul, Zimbabwe e Moçambique não foram afectados pela crise da companhia aérea.Em Moçambique, a FastJet começou a operar oficialmente no mercado moçambicano em Novembro do ano passado explorando as rotas Maputo-Beira-Tete-Nampula e vice-versa.A FastJet opera no mercado moçambicano em parceria com a Solenta Aviation Mozambique, empresa que ganhou o concurso lançado pelo Instituto de Aviação Civil de Moçambique (INCM) para a concessão de rotas domésticas a várias operadoras, incluindo a companhias estrangeiras, como forma de promover a competitividade no transporte aéreo no país.[CC]
Fonte : Folha de Maputo