A taxa única de referência do sistema financeiro nacional para as operações de crédito de taxa de juro variável (ou `Prime Rate´), a vigorar durante o mês de Junho corrente caiu dos anteriores 17,90% para 16,90%, informaram esta segunda-feira (01 de Junho), em comunicado, o Banco de Moçambique e a Associação Moçambicana de Bancos.

 

Mesmo tendo registado uma queda de 100 pontos base, o actual nível da taxa de referência continua baixo para os agentes económicos, bem como famílias mergulhadas em crise pandémica.

 

O desejo da classe empresarial é ver a `Prime Rate´ baixar para 6,25%, o que levaria também a descida da taxa de juro de Política Monetária (vulgo taxa MIMO), actualmente fixada em 11,25%, para 6,25%.

 

A `Prime Rate´ é uma taxa que se aplica às operações de crédito contratualizadas (novas, renovações e renegociações) entre as instituições de crédito e sociedades financeiras e os seus clientes, acrescida de uma margem (`spread´), mediante a análise de risco de cada categoria de crédito ou operação em concreto. Importa referir que, quanto mais baixa for a Prime Rate, maior é o alívio do peso do juro em créditos, quer para famílias, quer para a economia.

 

Depois de calculada e fixada pelo Banco Central e Associação Moçambicana de Bancos, a `Prime Rate´ é acrescida de uma margem (ou `spread´). No crédito a particulares e, consoante os `spreads´ de 17 instituições de crédito que operam no país, anexas ao comunicado, a margem varia de nulo a 6%. Ainda a particulares, a margem para o crédito de consumo varia de nulo a 42.00%.

 

Quanto ao crédito às empresas, a margem parte de 0.00% aos 24.00% para empréstimos até um ano, ou variar entre 1.00 % a 24.00 % para prazos maiores. De acordo ainda com o comunicado, os `spreads´ das 17 ICSF em operações de `leasing´ mobiliário e imobiliário, as margens partem de nulo a 7.75 %. (Evaristo Chilingue)

Fonte: Carta de Moçambique

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