Um suposto recrutador de membros do grupo terrorista que actua na província de Cabo Delgado, desde Outubro de 2017, terá sido detido, semana finda, no território tanzaniano, após atravessar a fronteira de Cóbuè, distrito de Lago, província do Niassa, na companhia de 15 pessoas (todas do sexo masculino), que supostamente se iam juntar ao grupo terrorista.

 

De acordo com as fontes, o suposto recrutador é um comerciante naquela parcela do país, porém, não avançaram o nome do distrito onde operava e muito menos a actividade comercial que desenvolvia.

 

Entretanto, “Carta” soube ainda do desaparecimento, na província do Niassa, do gestor dos negócios do empresário Aly Majolela. Lembre-se, Majolela foi barbaramente assassinado, em Agosto último, no distrito de Majune, juntamente com a sua esposa, de nacionalidade somali. O empresário dedicava-se ao transporte de passageiros entre Moçambique e Tanzânia.

 

Refira-se que o recrutamento, sobretudo de jovens, continua a preocupar as autoridades. Em entrevista ao Jornal Notícias, o Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, fez questão de referir ao facto de os deslocados serem constituídos, na sua maioria, por mulheres, crianças e idosos.

 

“Nas nossas intervenções, temos procurado saber das próprias esposas onde é que estão os maridos e nem sempre temos respostas convincentes. Às vezes são explicações vazias, que não encontram espaço para poder as subscrever. Portanto, estamos a falar de uma realidade que preocupa as FDS”, disse o chefe da polícia moçambicana. (Carta & O.O.)

Fonte: Carta de Moçambique

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