Quem o viu jogar diz que ele tinha “toque de craque” e podia ter chegado um dos grandes em Portugal. Mas essa ambição nunca aconteceu nas 22 épocas que cumpriu como jogador profissional.

Ricardo Nascimento, natural de Vila Nova de Gaia, começou como júnior no FC Porto mas foi no Leixões que se estreou como sénior. Passou por clubes como o Boavista, Desportivo das Aves, Gil Vicente, Varzim, Salgueiros, Rio Ave e Trofense. No estrangeiro, chegou a ser contratado pelo Montpellier em 2000/2001 e esteve na Coreia do Sul, no FC Seul durante três temporadas entre 2005 e 2007.

Em entrevista ao programa Entrelinhas, Ricardo Nascimento revela que hoje ainda não sabe por que é que não chegou a um dos grandes do futebol português.

“Joguei 20, 30 jogos contra os grandes. 80, 90% das vezes fui o melhor jogador em campo da minha equipa. Dentro do retângulo, acho que não há ninguém que eu sou mau jogador. Então porque é que eu não fui jogar para um grande?”, questiona o ex-futebolista, que explica como a fita que usava no cabelo lhe colocou um rótulo de rebelde.

“Em 1996, tinha o cabelo comprido e uma fita no cabelo. Fui apelidado de tudo e mais alguma coisa. Hoje vejo o futebol, os jogadores têm uma crista vermelha e uma tatuagem e está tudo bem”.

Nesta conversa com o jornalista João Ricardo Pateiro, Ricardo Nascimento assume que é adepto do FC Porto, “o seu clube do coração”. Em antevisão do clássico do próximo sábado, o ex-jogador admite que o jogo pode resolver “muita coisa”.

“Se o FC Porto ganhar, fica com uma vantagem muito forte”, disse, deixando elogios ainda a João Félix.

“O Benfica tem um jogador que é mais daqueles que daqui a 50 anos vamos estar a falar dele. Faz-me levantar do sofá, mesmo sendo portista. O miúdo é um jogador fantástico.”

Atualmente, Ricardo Nascimento é treinador adjunto do Rio Tinto, que tem como técnico principal Vitor Oliveira, filho do ex-selecionador nacional, António Oliveira.

Fonte:TSF Desporto

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