Protest

Além de Laurent Gbagbo, a liberdade condicional foi também cedida a um antigo ministro da Juventude da Costa do Marfim, Charles Blé Goudé. Os dois homens eram acusados de crimes contra a humanidade: morte, violação, perseguição e outros atos desumanos que terão ocorrido no período pós-eleitoral, em 2010-2011, e em relação aos quais se declararam inocentes.O juiz Chile Eboe-Osuji instruiu os membros do tribunal a identificar um país “disposto a aceitar” Gbagbo e Ble Goude e a procurar “medidas provisórias” que possam ser tomadas.A decisão anunciada por Eboe-Osuji corresponde ao pedido dos procuradores, que defendiam que a libertação dos réus apenas devia avançar caso houvesse condições para garantir o seu regresso ao tribunal, enquanto os advogados de defesa pediam uma libertação imediata e sem condições.A 15 de Janeiro, em primeira instância, os juízes ordenaram a libertação imediata de Laurent Gbagbo e Charles Blé Goudé (ex-ministro da Juventude da Costa do Marfim e líder do movimento Jovens Patriotas) na sequência da sua absolvição das acusações de crimes contra a humanidade.No entanto, a libertação foi suspensa, no dia 16, depois de um recurso da acusação que alegou que os dois homens não compareceriam perante o tribunal se a sua presença fosse requerida no futuro no âmbito de um outro recurso contra a sua absolvição, que os procuradores anunciaram que irão apresentar.Em detenção há mais de sete anos, Gbagbo foi julgado por crimes cometidos durante a crise pós-eleitoral de 2010-2011, devido à sua recusa em ceder o poder ao seu rival, o atual Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara.Os confrontos na Costa do Marfim causaram mais de 3.000 mortos em cinco anos.

Fonte : Folha de Maputo

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