Venceu duas Taças de Portugal, uma pelo Boavista e outra pelo Estrela da Amadora e terminou a carreira de jogador, aos 33 anos, no Desportivo das Aves.

Iniciou, então, uma carreira de treinador, tendo sido adjunto de Manuel José, João Alves, Jesualdo Ferreira e Carlos Brito. Com Manuel José, trabalhou em países como Angola, Arábia Saudita, Irão e Egipto.

De todas estas experiências no futebol internacional, conta a João Ricardo Pateiro no
Entrelinhas
, que ficou com uma certeza: o futebol português “não tem expressão” lá fora. “No Egito tinha televisão e o campeonato português não passa em lado nenhum”, explica. Como termo de comparação, passa imagens da segunda liga escocesa ou mesmo da Liga… irlandesa.

Pedro Barny defende a negociação centralizada dos direitos de transmissão televisiva. Só assim será possível, acredita, as equipas serem mais competitivas e o campeonato mais equilibrado. Nesta conversa, Pedro Barny diz que quer acreditar que exista verdade desportiva, embora existam sinais que apontem em sentido contrário.

No Egito, presenciou uma tragédia. Foi na cidade de Port Said, num jogo entre o Al-Masry e o Al -Ahly, em que morreram 74 pessoas.

“Eu vi pessoas a morrer, nunca tinha visto uma pessoa a morrer. Vi pessoas a morrer no balneário, algumas sem ferimentos aparentes, completamente esmagadas. Quando saímos do campo e chegámos ao balneário, ao sairmos do estádio deparámo-nos com centenas de adeptos do Al-Ahly com ferimentos, alguns a pedir ajuda. Uma das formas de ajudar foi metê-los dentro do balneário juntamente com a equipa médica, alguns nós e alguns jogadores, tentámos ajudar aqueles que estavam em piores condições. Só que, num balneário de uma equipa de futebol, estavam 200 ou 300 pessoas. Lá dentro creio que morreram sete ou oito pessoas”, recorda.

Pedro Barny tem 52 anos e está sem clube, depois de ter orientado o Ismaily, do Egipto. Gostava de treinar em Portugal, mas reconhece que o facto de não ter empresário é um problema.

Fonte:TSF Desporto

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