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Tshisekedi e Kabila acertam para formação de governo

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A COLIGAÇÃO do Presidente da República Democrática do Congo (RDCongo), Félix Tshisekedi, e a do seu antecessor, Joseph Kabila, assinaram quarta-feira um acordo de incidência parlamentar que vai permitir a formação de governo nos próximos dias.

O acordo foi assinado por Jean-Marc Kabund, presidente interino das UDPS (União para a Democracia e Progresso Social), de Tshisekedi, em nome da Mudança de Rumo (CACH, na sigla francesa), e Néhémie Mwilanya Wilondja, coordenador da Frente Comum para Congo (FCC), de Kabila, a actual maioria na Assembleia Nacional.

Em comunicado conjunto a CACH e a FCC referiram que o acordo foi subscrito “no superior interesse da nação”, para que “se preserve a transição histórica e pacífica de poder, que teve lugar a 24 de Janeiro”, dia em que foi empossado Félix Tshisekedi como novo Presidente da RDCongo.

Salientando que foram desenvolvidas “concertações para resolver a problemática da determinação da maioria parlamentar”, o acordo visa “manter o clima de paz, assim como a estabilidade do país, para que possa ser assegurada uma boa governação e se alcance o bem-estar do povo”.

Depois de “debates frutuosos, que se desenrolaram de 4 a 6 de Março corrente”, os dois partidos acordaram que a FCC “detém, de forma documental, a maioria absoluta na Assembleia Nacional”.

FAYULU PERSISTENTE

FCC e CACH atribuem ao Presidente da RDCongo a responsabilidade de “formar governo” e comprometem-se “a governar juntos num quadro de coligação governamental”.

No mesmo dia em que a CACH e a FCC anunciavam o acordo para a constituição de governo, Martin Fayulu, o candidato presidencial derrotado, renunciou o seu mandato de deputado insistindo na sua reclamação de ter sido ele o vencedor das presidenciais de 30 de Dezembro último.

“Sou Presidente eleito e considero-me como tal. Não posso ser deputado e presidente ao mesmo tempo”, disse Fayulu para explicar que renunciou o seu mandato parlamentar renovado nas legislativas realizadas no mesmo dia das presidenciais.  

 

Fayulu reivindica a vitória com 60 % dos votos, denunciando um acordo secreto entre Kabila e Tshisekedi, contra a verdade das urnas. Os resultados oficiais atribuíram a ele 34% dos votos. – (LUSA/RFI)

    Fonte:Jornal Notícias