OS ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) aprovaram hoje (12) o lançamento de uma missão de formação militar em Moçambique que visa “treinar e apoiar as Forças Armadas moçambicanas” no “restabelecimento da segurança” em Cabo Delgado.

“O objectivo desta missão é de treinar e apoiar as Forças Armadas de Moçambique na protecção da população civil e no restabelecimento da segurança na província de Cabo Delgado”, lê-se num comunicado publicado pelo Conselho da União Europeia (UE).

Na nota, publicada poucos minutos depois do início do Conselho dos Negócios Estrangeiros, que esta segunda-feira decorre em Bruxelas, Belgica,e que reúne o conjunto dos chefes das diplomacias europeias, é ainda indicado que o “mandato da missão irá durar, inicialmente, dois anos”.

“Durante este período, o seu objectivo estratégico será o de apoiar a capacitação das unidades das Forças Armadas de Moçambique que farão parte de uma futura força de reação rápida”, lê-se na nota.

Para tal, a missão fornecerá “treino militar, incluindo preparação operacional, treino especializado em contra-terrorismo, e treino e educação na protecção de civis, respeito pelo direito internacional humanitário e lei dos direitos humanos”.

Intitulada EUTM Moçambique, a missão será chefiada no terreno pelo brigadeiro-general do Exército português Nuno Lemos Pires, um “cidadão de nacionalidade portuguesa com mais de 38 anos de experiência em cargos de comando, incluindo em missões internacionais”.

O comandante da missão será o director da Capacidade de Planeamento e Conduta Militar da União Europeia, o vice-almirante frances Hervé Bléjean.

Segundo o Conselho da UE, a missão de formação de militar foi aprovada em resposta ao pedido das autoridades moçambicanas que apelaram a um “envolvimento reforçado” da UE nas “áreas da paz e da segurança”.

“Numa carta de 03 de Junho de 2021, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, saudou o envio de uma missão não executiva da Política Comum de Segurança e de Defesa, de formação militar, para o país”, refere ainda o comunicado do Conselho.

Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.800 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED, e 732.000 deslocados, de acordo com a ONU.- Lusa

Fonte:Jornal Notícias

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